Os helicópteros KAMOV utilizados no combate aos incêndios florestais vão ter que cessar imediatamente todas as operações de voo a pedido da empresa que assegura a manutenção dos aparelhos, indicou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).
Uma nota do MAI adianta que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) recebeu hoje uma notificação da empresa que assegura a manutenção dos seis aparelhos a informar que os helicópteros KAMOV vão ter que "cessar de imediato todas as operações de voo".
A suspensão das operações de voo destes aparelhos surge na sequência do incidente ocorrido a 3 de setembro com um dos helicópteros KAMOV da frota da EMA, estando atualmente em curso as investigações a cargo do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).
Fonte do MAI disse à agência Lusa que no decurso desta investigação foi reportado que alegadamente poderia existir uma desatualização entre o manual de manutenção utilizado pela empresa e o que está em vigor pelo fabricante.
Em consequência da notificação hoje recebida, o MAI determinou à EMA que apresente "com urgência" alternativas tendo em vista "assegurar e manter a capacidade operacional adequada nas missões confiadas à responsabilidade do Ministério, para as quais, neste momento, conta com 38 outros meios aéreos".
Na nota, o MAI salienta ainda que tais factos foram comunicados à Procuradoria-Geral da República "sem prejuízo das investigações técnicas em curso, tendo em vista o apuramento de todas as responsabilidades e a necessidade de acautelar a defesa dos interesses do Estado".
Com a paragem dos KAMOV, o combate aos incêndios florestais fica assegurado por 38 meios aéreos, sendo três da EMA e os restantes alugados para a época mais crítica de combate a fogos.
Lusa
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