segunda-feira, 14 de maio de 2012

Governo “receptivo” para criar novo modelo de financiamento dos bombeiros

Miguel Macedo diz que a segurança e a protecção civil são áreas “em que não se devem fazer cortes”O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou este domingo que o Governo está “receptivo” para trabalhar em conjunto com a Liga Portuguesa de Bombeiros num “novo modelo de financiamento” das corporações.

Em Vila Verde para a inauguração da Unidade Local de Formação de Bombeiros, Miguel Macedo esclareceu que os “ajustamentos” na área da Protecção Civil que o Governo está a equacionar “não põem em causa as corporações voluntárias”.

Em declarações hoje à Lusa, o presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros, Jaime Soares, aconselhou o Governo a “dar uma vassourada” na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) reagindo às palavras do secretário de Estado da Administração Interna, que disse que os bombeiros voluntários têm de encontrar novas fórmulas de organização.

Segundo o ministro, “o Governo está receptivo a trabalhar em conjunto com a liga de bombeiros num novo modelo de financiamento das corporações”, admitindo também a “necessidade de fazer ajustamentos na área da protecção civil”.

Como exemplo destes ajustamentos, Macedo apontou a extinção da empresa de meios aéreos que, lembrou, o governo vai “operar em conjunto com o ministério da Saúde e os meios da proteção civil e de socorro de emergência médica”.

Confrontado com as declarações de Jaime Soares, que aconselhou ao Governo uma “vassourada” na ANPC, Miguel Macedo considerou que o uso de “expressões fortes não resolve nada”.

Até porque, afirmou, o “processo de discussão” entre Liga e Governo, assim como outras entidades, “tem andando bem e com frutos”.

Ainda sobre as declarações de Jaime Soares, o ministro afirmou que o seu papel é “encontrar soluções” e não “contribuir com gasolina para um incêndio alheio”.

Isto porque, admitiu o governante, “houve sempre alguma tensão entre a estrutura nacional de Protecção Civil e os bombeiros”.

Reafirmando que o Governo “assume” as áreas de segurança e protecção civil como uma área “em que não se devem fazer cortes”, o ministro voltou a apontar a “racionalização de estruturas” como linha orientadora da reforma que está a ser preparada.

No entanto Miguel Macedo escusou-se a adiantar mais detalhes sobre a referida reforma. “Vou apresentar o trabalho feito quando ele tiver todo estruturado, acho que é assim que deve ser feito”, disse.
Fonte:Publico

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