A administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste vai manter a decisão de realizar nos hospitais públicos as análises clínicas e deixar de encaminhar utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os laboratórios convencionados.
A posição foi avançada pelo diretor clínico dos Cuidados Primários da ULS, Armandino Raposo, aos representantes de um grupo de trabalhadores dos laboratórios privados, que se manifestaram, em Bragança, contra a medida daquele organismo.
“É evidente que se nós temos capacidade laboratorial e capacidade humana e não necessitamos aumentar a nossa despesa, nós estamos a poupar dinheiro. Porém, esse não é o nosso principal objetivo, o primeiro objetivo é servir bem o doente”, justificou Armandino Raposo, acrescentando ainda que, “nas três cidades estamos a dar resposta com os nossos recursos sem necessidade de contratar mais ninguém, para já”, conclui.
Cerca de três dezenas de trabalhadores e proprietários de laboratórios de Bragança concentraram-se em frente às instalações da antiga sub-região de saúde, reclamando a manutenção dos postos de trabalho e o direito de livre escolha dos utentes.
Depois da reunião com Armandino Raposo, o representante dos laboratórios, Roberto Costa, disse que vão “continuar a lutar”, mas, perante o que lhe foi transmitido, entende que afinal “será um mal menor” e que a medida não implicará a perda de mais de uma centena de postos de trabalho no Nordeste Transmontano.
“Enquanto não tivermos garantias de que eles não avançam para o resto do distrito, nós vamos continuar a lutar, mas que não está fácil, não está”, explicou Roberto Costa.
Desde que a medida está em vigor, há menos de dois meses, os privados registaram quebras que “chegam aos 90 por cento” no número de utentes e alguns postos de trabalho já foram perdidos.
Fonte:RBA
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