quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Incêndio de grandes proporções atinge Parque Natural de Montesinho

Um incêndio de grandes proporções consumiu, nos últimos dois dias, o coração do Parque Natural de Montesinho. O fogo começou segunda-feira, do outro lado da fronteira, mas rapidamente se propagou a Portugal. Ardeu grande parte da área acima da aldeia de Montesinho.

No local estiveram quase 30 homens portugueses, que durante a tarde de ontem foram apoiados por meios aéreos espanhóis.Mesmo assim, o fogo consumiu mais de 1500 hectares numa zona vital para o abastecimento de água à cidade de Bragança.

Mas Rui Caseiro, vereador da autarquia brigantina, que ontem esteve no local, considera que o abastecimento não está comprometido.“Tentamos ver se uma conduta de água estava afectada mas não houve problemas, estamos a acompanhar os bombeiros para evitar que a área ardida seja maior. A barragem não corre perigo de ser contaminada”.Mas se o abastecimento de água está salvaguardado, este pode ser já um desastre ambiental.“Esta zona é considerada uma das zonas de maior riqueza ambiental no Parque de Montesinho. Toda a fauna foi afectada. Teram morrido bastantes coelhos. A fauna também ficou destruída. Há uma perda bem considerável”, acrescentou.

As chamas começaram pouco depois das duas da tarde desta segunda-feira e dizimaram grade parte do coração do Parque Natural de Montesinho. 
Escrito por Brigantia (CIR)

4 comentários:

LuísRock disse...

1500 hectares e os senhores de Lisboa nem se preocuparam... palavras para quê... mais vale que arda agora que no verão, pois é no verão que há a histeria coletiva...
uma vergonha!

Anónimo disse...

O incêndio começou em Espanha, e os helis espanhóis segundo a reportagem da SIC só actuavem no território e frentes que se desenvolviam em Espanha. Um bombeiros quixavasse disso mesmo, que nós não tinhamos ameios aereos disponiveis, e os meios espanhóis que lá andavam do lado espanhol, defendiam o que é deles.

Nós é que deviamos ter os kamov em prontidão já há uma semana, e não apenas desde hoje.

Mas felizmente hoje já lá andou um Kamov Português, e a coisa parece que já está apagada, o meio aéreo faz toda a diferença.

Transmontano disse...

Caro Luis Rock.

Não se vire contra Lisboa, vire-se contra o litoral.

As discrepâncias a nível nacional estão entre o litoral e o interior, e nós somos prejudicados em relação ao litoral.

O Porto prejudica-nos mais que Lisboa, não se esqueça das viaturas do QREN que a CCDR-N desviou de Trás os Montes ao que se sabe para o o distrito de Porto, onde há bombeiros aos magotes.

A CCDR-N tem prejudicado gravemente Bragança e Trás os Montes com atribuição de viaturas do QREN, tal como a federação de bombeiros de Bragança deu conta, aliás foi noticiado aqui no blog.

O colonialismo maligno exercido pelos portistas com a CCDR-N sobre os Trasmontanos esses é que tem de acabar definitivamente.

Para cá do Marão mandam os que cá estão, o ditado é antigo.

A CCDR-N é uma entidade fictícia criada pela estatística europeia, não passa de uma NUT II - Nomenclatura de Unidade territorial criada para fins estatísticos, o problema é que os do Porto querem usar as NUT II para regionalizar o pais, não aceitando a região Trasmontana que tem 600 anos de história.

E fazem-no porque querem ganhar poder para lançar o pais no caos e numa guerra norte-sul.

Os de Lisboa e do Porto que se entendam uns com os outros, para mim o norte é Porto, o sul é Lisboa, o resto é Trás os Montes, Minho, Beira Interior( Alta e Baixa) e Beira Litoral,Ribatejo, Alentejo e Alagarve. Os do Porto e de Lisboa que se entendam uns com os outros, mas que nos deixem a nós Transmontanos fora desta confusão.

A região norte é um anacronismo artificial, acima do douro o que há são Trasmontanos, Portistas e Minhotos.

Se no sul no sul geográfico do pais pais houve lugar para a CCDR-Algarve, e para a CCDR-Alentejo, porque é que no norte geográfico do pais, não há-de também haver lugar para a CCDR-Tras os Montes e a CCDR- Minho?

O Minho tem o dobro da população do Algarve, e Trás os Montes sensivelmente amesma do Alentejo, com uma densidade populacional maior em Tras os Montes visto que o Alentejo tem uma área maior.

Se só fossem criadas 3 regiões, norte, centro e sul, ainda se compreendia, assim não se entende.
Regionalizar no mapa das 5 regiões serviria apenas para criar mais Lisboas, para isso que fique tudo como está.

A discussão em Portugal ao nível do planeamento do território tem que ser vista sobre o prisma do interior VS litoral, e não Lisboa VS resto do pais, no Porto, Coimbra ou Aveiro vive-se tão bvem como em Lisboa, que não se queixem, os que se podem queixar a todos os níveis, auto-estradas, serviços de saude, escolas, etc, são sempre os do interior.

Por isso não se virem para Lisboa, os do Porto só não nos lixam se não puderem, ainda são piores, falam em regionalização, mas depois armam-se eles em centralistas em relação a nós com a região norte, não querendo que nós tenhamos a nossa região á parte do Porto, e a regionalização só faz sentido se for feita respeitando as regiões históricas e regionalizando do litoral para o interior, no mapa das 8 ou 9 regiões, obviamente com a região de Trás os Montes á parte dos porto.

Os bombeiros e os meios deviam estar aqui, aqui é que estão os grandes espaços florestais, contudo vemos os bombeiros e os meios concentrados no litoral do pais.

Abraço.

LuísRock disse...

viro-me contra a hipocrisia!
Contra factos não há argumentos. façam um levantamento da área ardida de Fevereiro de 2012 e envergonhem-se...