A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reúne-se hoje com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, para abordar as despesas extraordinárias com o combate aos incêndios florestais que têm deflagrado nas últimas semanas.
Algumas zonas do país têm sido fustigadas por incêndios florestais, situação que é anormal para esta época de inverno e, como o dispositivo de combate aos fogos ainda não está funcionar, são as corporações dos bombeiros que têm de suportar as despesas, nomeadamente de combustível e com viaturas.
Segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), desde 01 de janeiro que deflagraram cerca de 2500 incêndios, registando-se a maior parte neste mês de fevereiro, com 2010 ignições.
Em comparação com os meses de janeiro e fevereiro de 2011, os incêndios florestais quase quadruplicaram desde o início deste ano.
A LBP refere que as corporações de bombeiros estão a viver “um período particularmente difícil” devido à “inexistência de um modelo de financiamento adequado à realidade” e à “redução drástica de pedidos de transportes doentes não urgentes”.
Na semana passada, o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, enviou uma carta a Miguel Macedo, pedindo com “carácter de urgência um procedimento de exceção através do qual seja possível ressarcir às corporações de bombeiros as despesas suportadas com os incêndios florestais recentes”. Caso isso não aconteça, adianta, "receia-se seriamente que a capacidade operacional de muitas associações diminua rapidamente”.
No fim-de-semana, Miguel Macedo afirmou estar a acompanhar a situação com preocupação, frisando que “é uma situação anormal que introduz uma pressão adicional sobre o dispositivo de proteção civil".
O ministro acrescentou que, "se for necessário", as corporações poderão vir a ser apoiadas financeiramente, mas sublinha que "não pode estar em causa a capacidade de reação da proteção civil".
Fonte: Lusa \ Rádio Batalha
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