Uma mulher e dois jovens, proprietários de uma loja de chineses na Zona Industrial das Cantarias, em Bragança, foram violentamente agredidos por um grupo de indivíduos de etnia cigana.
O incidente ocorreu no sábado, perto das cinco da tarde, depois dos indivíduos serem abordados por alegadamente levarem objectos roubados na loja. A mulher com 46 anos inspira ainda cuidados de saúde. Depois de mais de meia hora de agressões foi transportada por uma equipa do INEM para o Hospital de Bragança e já no Domingo transferida para o Hospital de Mirandela com uma oclusão, ou seja uma hemorragia ao nível da visão. Os outros dois agredidos foram os filhos da proprietária. Um jovem de 23 anos e uma jovem de 25, que tiveram alta hospitalar no próprio dia. Sandra Lopes, uma das funcionárias que se encontrava na loja, conta que tirou um bebé do colo da proprietária para mbém fosse agredido.“Eu ouvi os meus patrões a dizerem que os ciganos tinham algo no bolso. Estava a arrumar coisas e quando me cheguei à frente, vejo uma das ciganas a empurrar a minha patroa mais nova e começaram-lhe a bater. A patroa mais velha tinha o menino ao colo e eu meti-me lá no meio para tirar a criança. Telefonei ao filho dela e tentei telefonar à polícia. Ela estava-lhe a dizer aos ciganos que tinham alguma coisa no bolso e eles disseram que não e começaram-lhe a bater”, recorda.Várias testemunhas relatam a violência deste incidente e referem que o grupo de agressores era constituído por dois casais e três crianças que abandonaram o local em carrinhas de matrícula espanhola. Os gritos foram ouvidos por funcionários da loja de bricolage, mesmo ao lado. Bruno Ribeiro e Carla Pires foram os primeiros a pedir socorro. “Estava no armazém e de repente ouvi gritar. No início pensei que eram crianças mas depois apercebi-me que era mais grave. Vim cá fora e vi que a situação não era tão simples como isso. Estavam todos em cima da dona da loja. As matrículas das carrinhas eram espanholas. Nunca os tinha visto por aqui”, conta Bruno Ribeiro. “A senhora estava mesmo a esvair-se em sangue. Era só sangue por todo o lado. A filha estava cheia de sangue da mãe. Entretanto chamaram o filho, porque só estavam mulheres lá na loja e depois bateram-se todos na rua, à frente à nossa loja. Vi que eram dois homens, duas mulheres e três crianças”, recorda Carla Pires.
Nestas duas lojas já tinha havido incidentes semelhantes com outros indivíduos de etnia cigana mas, segundo os funcionários, este foi o mais violento. O caso está entregue à PSP de Bragança.
Escrito por Brigantia (CIR)
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