Em declarações à Renascença, o Comandante Vaz Pinto reconhece que o dispositivo tem sido sujeito a um grande esforço, com um número anormal de incêndios registados todos os dias.
Para além do longo período de tempo quente, sem humidade e com muitos comportamentos negligentes na floresta, o Comandante Nacional de Operações da Protecção Civil considera que se está a notar bastante a falta dos postos de vigia.
Em declarações à Renascença, o Comandante Vaz Pinto reconhece que o dispositivo tem sido sujeito a um grande esforço, com um número anormal de incêndios registados todos os dias, mas também admite que o alerta tardio está na origem de muitos problemas registados neste mês de Outubro.
O responsável pelas operações da Protecção Civil lamenta que os postos de vigia estejam fechados. “É uma situação com um padrão anormal de temperaturas e de humidade relativa e tem suscitado um número anormal para esta altura do ano. Como se justifica, não sei, o que é facto é que temos um número de ignições muito elevado. Acima de tudo penso que terá a ver com negligência, naturalmente também haverá alguns intencionais, temos vindo a constatar isso”, explica.
O Comandante Vaz Pinto conta que “o alerta é tardio e por isso quando os combatentes chegam ao teatro de operações, o incêndio já tem algumas proporções e por isso a dificuldade aumenta. Isso tem sido um dos constrangimentos que temos detectado, é de facto a tardia detecção e aviso dos incêndios”.
A GNR, entidade que gere os mais de 200 postos de vigia espalhados pelo país, confirma que os postos estão encerrados desde 30 de Setembro.
Contactada pela Renascença, fonte autorizada da GNR lembra que o seu funcionamento está previsto na directiva nacional de combate a incêndios até ao final da fase Charlie, altura em que deixa de haver verbas para esse efeito.
Estes postos são geridos pela GNR, que anualmente contrata civis para lá trabalharem.
Fonte: RR
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