A história é verídica e passou-se este fim-de-semana: um cidadão bateu à porta da Sede do INEM, em Lisboa. Tinha sido assaltado cerca de uma hora antes, ficando sem o telemóvel e sem a carteira. Não foi agredido, nem tinha qualquer problema de saúde. Apresentou queixa na Polícia.
Mas voltemos à cena à porta do INEM: “Estou bem!”, disse o cidadão. “E em que podemos ser úteis?”, perguntou o interlocutor. “Como fiquei sem a carteira e dinheiro, era para que uma ambulância me levasse a casa”…
Esta situação é bem exemplificativa da falta de conhecimento do que são e para que servem as ambulâncias de emergência, sejam do INEM ou de qualquer outra entidade que tenha este tipo de veículos de socorro. E se compreendemos a dificuldade do cidadão em regressar a casa, gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para – uma vez mais – tentar explicar o que são e para que servem as ambulâncias de emergência.
As ambulâncias de emergência destinam-se, tal como o nome indica, a prestar socorro a todos os doentes em que exista necessidade de actuar ainda no local da ocorrência e durante o transporte, com vista a preservar as suas vidas. O equipamento e a formação da Tripulação permite a avaliação e estabilização de vítimas de acidente ou doença súbita, assegurando o encaminhamento para as unidades de saúde adequadas.
Assim, uma ambulância não é um táxi. As ambulâncias de emergência devem ser utilizadas para situações de suspeita de risco de vida, não sendo legítimo que sejam utilizadas para situações como a que nos leva a escrever este texto.
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