Em Mourão e Évora foram dispensados bombeiros. Já em Aguiar da Beira e Guarda, três ambulâncias foram colocadas à venda.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) diz haver dirigentes das associações de bombeiros a pedir empréstimos à banca, dando como garantia os seus bens pessoais, para pagar salários.
Duarte Caldeira caracterizou a situação como "inaceitável" e explicou que este recurso se deve às dificuldades financeiras vividas nas associações, motivadas por dívidas tanto da administração central como das autarquias.
Para ilustrar "o sufoco em que vivem os bombeiros", Duarte Caldeira revelou que "em Mourão, Évora, viram-se obrigados a dispensar bombeiros e em Aguiar da Beira, Guarda, três ambulâncias foram colocadas à venda".
Um dos casos em que uma associação teve de bater à porta dos bancos sucedeu em Leiria. O comandante dos bombeiros voluntários, Almeida Lopes, confirmou à Lusa que "existem directores que recorreram à banca e deram os seus bens pessoais como garantia para poderem pagar os ordenados".
Almeida Lopes disse que muitas vezes não há dinheiro para o combustível das viaturas de emergência e que é recorrente algumas delas ficarem paradas à espera de verbas que assegurem a sua manutenção.
Na passada sexta-feira, seis deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria apresentaram no Parlamento um requerimento solicitando esclarecimento ao Governo sobre "atrasos significativos" na transferência de verbas oriundas do sector da saúde.
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