As baixas temperaturas, a chuva e a ausência de ventos de Leste (massas de ar quente responsáveis pela propagação dos fogos) fizeram de Agosto um mês atípico. 2011 ficará para a história como o ano em que quase não se ouviu falar de incêndios.
Este último mês, arderam 12.771 hectares. Um valor muito longe do que foi registado em igual período do ano passado - 99.580 hectares, segundo dados da Autoridade Florestal Nacional. Em ocorrências, o número diminuiu para menos de metade: de 8.949 passou para 4076. Em 2011, e até 31 de Agosto, desapareceram 36.006 hectares de floresta. Faz agora um ano, somavam-se 125.225 hectares. "Estamos diante de um ano positivo", classifica Duarte Caldeira, presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros. A explicação de base é simples: condições meteorológicas "muito favoráveis". "O que se passou não tem paralelo com os perfis meteorológicos dos últimos cinco anos", diz, lembrando que Agosto costuma representar 70% da área ardida no ano.
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