Os bombeiros que responderam às chamadas de emergência depois dos atentados do 11 de Setembro, em Nova Iorque, sofrem, desde então, mais de cancro, revela um novo estudo, a publicar quinta-feira na revista científica The Lancet.
A investigação contradiz uma anterior, que desvinculava o cancro das cinzas e do fumo causados pela queda das torres gémeas.
Segundo o estudo, a cargo do Departamento de Bombeiros de Nova Iorque, os casos de leucemia aumentaram entre os bombeiros que trabalharam na "zona zero".
Antes do ataque terrorista, a 11 de Setembro de 2001, a incidência de cancro nos bombeiros «era significativamente menor» em relação ao resto da população.
Para a investigação, publicada parcialmente esta quarta-feira pelo jornal New York Post, o chefe dos serviços médicos dos bombeiros de Nova Iorque, David Prezant, examinou, durante os últimos sete anos, o historial clínico de 11 mil bombeiros e oficiais de corporação que trabalharam durante o 11 de Setembro e comparou os dados com os obtidos dos mesmos funcionários antes dos atentados.
As conclusões do novo estudo contrariam as de um relatório do Instituto para a Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos, que considerou, em Julho, que não há provas suficientes que permitam incluir o cancro na lista de doenças relacionadas com os atentados e com direito a indemnização.
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