A gestão de urgências em caso de desastres naturais depende em grande parte da quantidade de informação que se tem sobre as áreas de risco, que hoje em dia pode ser disponibilizada e partilhada não só por especialista mas também pelos cidadãos.
Recolher e processar informação é algo que se realizava com sistemas de informação geográfica pelos profissionais e/ou especialistas, mas agora é também uma opção aberta ao grande público. Os primeiros a dar o passo de envolver o público em geral na prevenção de fenómenos naturais, como avalanches ou incêndios florestais, foram os responsáveis pelo Governo de Andorra através do Sistema Web 2.0. A partir deste sistema os cidadãos podem interagir com a informação disponibilizada pela administração e fornecer dados sobre o mesmo acontecimento, como partilhar fotografias, croquis ou informações adicionais sobre o fenómeno.
Os promotores desta iniciativa observaram que em zonas de alta montanha de Andorra sempre que existe uma avalanche existe sempre associado um grande risco para as pessoas, uma vez que a afluência dos visitantes é cada vez maior. Se os visitantes, ou os residentes, explicarem o que estão a observar, será mais fácil calcular os tempos de resposta dos serviços de urgência.Com o novo sistema, os utilizadores não só conhecem as zonas de risco sem necessidade de se deslocarem a centros de informação, como também contam com informação mais actualizada.
No caso dos incêndios também são de grande utilidade. Os planos de prevenção municipais precisam de uma actualização constante da cartografia dos caminhos florestais, dos pontos de abastecimento de água (lagoas, reservatórios), da gestão da floresta, etc. Os bombeiros recorrem aos mapas deste sistema para conhecer as suas rotas de acesso, os locais para recolher água, tirando partido da informação que pode chegar a partir desta grande “rede social” composta por aqueles que conhecem bem a área.
Fonte: http://www.elmundo.es/
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