Resignados mas com perspectivas de evitar alguns encerramentos.Foi assim que ficaram os técnicos de análises dos laboratórios convencionados do distrito de Bragança, que se manifestaram esta quinta-feira à tarde. Cerca de duas dezenas de pessoas, entre técnicos de análises do distrito de Bragança e alguns populares manifestaram-se em frente à sede do antigo Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste.Os populares dizem que desde que a Unidade Local de Saúde passou a obrigar as análises a serem feitas nos hospitais, o serviço piorou.“ Demorei uma hora e meia para fazer análises. No laboratório onde eu costumava ir demorava 10 ou 15 minutos no máximo” , referiu um utente.Os manifestantes dizem que já se estão a sentir quebras no serviço que nalguns casos chega aos 90 por cento, o que já levou a alguns despedimentos.“É uma quebra muito grande. Infelizmente nós vivíamos muito do Serviço nacional de Saúde, principalmente nas cidades. Teve que haver reorganizações e despedimentos”, recordou um manifestante.Enquanto isso, uma delegação de técnicos de análises foi recebida por um responsável da ULS. No final da reunião, Roberto Costa, o porta-voz dos técnicos de análises, mostrava-se resignado com a garantia de que esta medida se iria ficar pelos três hospitais do distrito e não seria alargada aos centros de saúde.“Se estas medidas não alastrarem para o resto do distrito com uma reorganização de meios e de pessoas será possível manter alguns postos de trabalho”, referiu.Em preparação continua uma acção para ser interposta contra a ULS no tribunal, por parte do sindicato dos técnicos de análises.Por parte da ULS, Armandino Raposo, o novo responsável pelos centros de saúde, garante que todas as medidas que estão a ser tomadas acontecem para benefício dos utentes do serviço nacional de saúde.“O objectivo é, em primeiro lugar, servir bem utente. Nós estamos a poupar dinheiro mas não é esse o objectivo principal. Nós temos capacidade humana para conseguir dar resposta ao serviço”, constatou.
Em simultâneo, decorreu também uma manifestação mas no distrito da Guarda.
Escrito por Brigantia (CIR)
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