A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) congratulou-se hoje com a apresentação atempada da circular financeira que define os gastos extraordinários das corporações para a época crítica de incêndios florestais.
No final de uma reunião com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, disse aos jornalistas que é “uma inovação” a apresentação da circular financeira aos bombeiros na altura em que é conhecido o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).
“A circular financeira, que normalmente não aparece em conjunto com o DECIF, vai ser apresentada à Liga. É numa inovação”, afirmou Marta Soares, adiantando que o documento vai ser analisado na próxima semana numa reunião na Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O presidente da LBP escusou-se a avançar com os valores que consta da circular financeira, documento que define os gastos para as corporações de bombeiros durante a época mais crítica em incêndios florestais, no verão, e quando está em vigor a DECIF.
Jaime Marte Soares disse que os valores não foram os propostos pela LBP, mas sublinhou que existe “um aumento substancial” em relação ao ano passado.
A DECIF foi apresentada em março e prevê, para os meses de julho, agosto e setembro, mais de nove mil elementos e 44 meios aéreos no terreno.
O responsável reafirmou que a situação financeira das corporações dos bombeiros “não é famosa”, estando muitas em “falência técnica”
“Por essa razão é que existiu uma atenção por parte do Governo para colmatar e ultrapassar essas dificuldades, tendo feito um adiantamento de verbas para de alguma forma responder” aos recentes incêndios florestais, afirmou.
Jaime Marta Soares disse também que todos os índices da meteorologia apontam para um ano muito complicado em termos de incêndios, garantindo que as estruturas dos bombeiros estão “muito bem preparadas para enfrentar as dificuldades”.
O presidente da LBP chamou ainda atenção para “algumas dificuldades de interpretação” ao abrigo do acordo assinado recentemente com o Ministério da Saúde sobre o transporte de doentes não urgentes.
“Há algumas dificuldades de interpretação de pormenor nesse acordo e portaria. Espero não vir a tomar atitudes que não desejaríamos, mas se não for retificado rapidamente poderá levar os bombeiros a terem que demonstrar o seu desagrado pela situação”, ameaçou, referindo que já manifestaram o desagrado ao Ministério da Saúde.
Fonte: Jornal da Madeira
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