O protocolo entre o Ministério da Saúde e os bombeiros sobre o transporte de doentes não urgentes "não foi um bom acordo, mas o possível", disse à Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
"Não quisemos impor valores que, sendo justos para a prática dos bombeiros, poderiam ser pesados em relação ao momento que o país atravessa", afirmou Jaime Mota Soares. "Foi o acordo possível para podermos continuar a servir as populações", acrescentou.
Falando em Felgueiras, onde hoje decorreu o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Mota Soares sublinhou, à Lusa, que o acordo com o Ministério da Saúde "não permite resolver todos os problemas".
No entanto, admitiu que "houve um conjunto de propostas que foram devidamente aceites 1/8 pelo ministério 3/8 e que constam do protocolo assinado entre o secretário de Estado da Saúde e a Liga".
Apontando alguns exemplos daquilo que ficou acertado entre as partes, revelou que o custo por quilómetro passou para 51 cêntimos e que a taxa de saída passou de 7,5 para 10 euros.
Disse também que nas negociações ficou acordado que a taxa de utilização de oxigénio aumentou 60 por cento, acréscimo percentual também aplicado na hora de espera nos hospitais.
Jaime Mota Soares sublinhou que, se este acordo não fosse encontrado, "poria em perigo a continuidade de muitas associações de bombeiros".
À Lusa lembrou, por exemplo, que o preço por quilómetro não sofria atualizações desde 2009, apesar de os custos com combustíveis e outros encargos terem aumentado 60 por cento desde esse ano.
O presidente da Liga lembrou que as alterações introduzidas recentemente pela tutela na comparticipação dos transportes de doentes não urgentes tiveram "uma repercussão imediata na faturação dos bombeiros com diminuição de 40 a 80 por cento".
Fonte: Sic Noticias/Foto:cbbraganca
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