A inspecção-geral da Administração Interna dá como provada a existência de um saco azul com o dinheiro do combate aos incêndios.
O comandante operacional nacional da Protecção Civil, Gil Martins, é acusado de ter montado um esquema que desviou 137 mil euros do estado. A TVI teve acesso ao relatório, que defende a demissão de Gil Martins.
O saco azul foi criado com verbas destinadas a pagar a comandantes e pessoal de apoio logístico com funções de coordenação das operações de combate aos fogos florestais.
Afirma a inspecção-geral da Administração Interna que, nos anos 2007 e 2008, o comandante nacional Gil Martins desviou quase 137 mil euros a partir das contas da corporação de bombeiros que fazia esses pagamentos.
Gil Martins contou com a colaboração preciosa do seu motorista, que ganhou a confiança das funcionárias da contabilidade da corporação. O motorista ia buscar os cheques, levantava o dinheiro e guardava-o zelosamente numa caixa. Gil Martins ia levantando o dinheiro da caixa à medida que apresentava recibos de despesas, que o motorista levava depois em sentido contrário à contabilidade dos bombeiros
O motorista ganhou dois telemóveis de marca e chamadas à borla pelo serviço de estafeta.
O dinheiro desviado serviu para pagar horas extraordinárias sem desconto de impostos a alguns comandantes, algumas delas fictícias. Mas o maior beneficiário, garantem os inspectores, foi mesmo Gil Martins. Levantou mais de 100 mil euros que serviram para comprar plasmas, máquinas fotográficas e pagar estadias em hotéis de luxo.
Fonte: IOL Diário
1 comentário:
existe saco azul em todas as corporações infelizmente
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