O homem, de 72 anos, terá saído de casa cerca das 23 horas de domingo e caminhou cerca de um quilómetro e meio numa zona de mato entre Sobreda e Paradinha, em Morais.
O corpo só foi encontrado ontem à tarde, perto de um ribeiro. Quando a notícia chegou, ontem à tarde, à Sobreda, ainda ninguém sabia o que levou Abílio Borges a sair de casa a meio da noite do último domingo.
O homem de 72 anos terá caminhado pela estrada que liga Sobreda a Paradinha durante aproximadamente um quilómetro, desviando-se depois para uma zona de mato. Caído na estrada ficou apenas um boné que despertou a atenção do proprietário de uma pequena casa de arrumos perto do local onde o idoso foi encontrado morto.
“Um senhor que tem uns cães ali numa casota, encontrou ali o chapéu dele. Ele sabia que ele estava desaparecido. De manhã o filho levantou-se para ir a deitar as ovelhas e viu as luzes acesas, a porta estava arrombada e não estava ninguém em casa, comunicaram á GNR e têm andado todo o dia nisso”, conta Hilário Loução, que também conhecia Abílio Borges e adianta que o corpo acabou por ser encontrado mais à frente, caído num pequeno ribeiro, e já sem vida.
“Está lá a marca de ele estar sentado numa parede, depois mais uns 35 metros estava lá morto numa charca de água”.
Os vizinhos contam que Abílio Borges se apresentava visivelmente embriagado no domingo, estando embrulhado num lençol molhado e apenas com a roupa interior. O vizinho alertou um dos filhos residente na mesma aldeia, que o tentou manter em casa, fechando a porta à chave. Mas Luís Borges reconhece agora que isso foi insuficiente para salvar a vida ao pai.
“Eu vim cá fechar-lhe a porta, depois naquele entretempo fui-me embora e ele arrombou a porta para sair.” Conta ainda que “o vizinho deitou-o e foi-me a chamar a mim e então é que fui a fechar a porta para que ele não saisse e ele conseguiu arrombar a fechadura e saiu. Á uma da manhã pus-me a pé, vi a porta aberta, fui lá e já não o vi”, revela.
As causas da morte ainda não são conhecidas, mas o idoso aparentava sinais de hipotermia.
Escrito por CIR (Cópia parcial)
Foto.www.inem.pt
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