Decorriam apenas oito minutos de jogo quando o guarda-redes Zé Luís, dos Africanos, e o avançado Valdo, do Argozelo, chocaram, ficando o guarda-redes estendido no sintético do IPB.
Os minutos que se seguiram foram de agonia, com o jogador claramente maltratado e com sintomas de traumatismo craneano.
Pedrinha, um antigo companheiro de equipa, ligou para o INEM às 15h20 mas só 24 minutos e vários telefonemas depois para o Instituto Nacional de Emergência Médica é que apareceu uma ambulância para socorrer o jogador, que já apresentava sinais de hipotermia devido ao tempo em que permaneceu deitado no relvado molhado.
Conduzido ao hospital, depois de assistido ainda no local, acabaria por ter alta mas o “susto” fez o guarda-redes de 38 anos, que já passou, entre outros, pelo Bragança, repensar a sua carreira. “Este poderá ter sido o meu último jogo”, admitia, já refeito dos acontecimentos de domingo à tarde.
Certo é que a demora na assistência a um jogador (o encontro esteve parado 40 minutos) e a ausência de ambulância no recinto (os regulamentos não prevêem a sua obrigatoriedade, tal como à Polícia), levanta outra vez a questão do socorro aos atletas e fez recordar casos recentes de morte súbita em campos de jogos. Irónico é o facto de o hospital de Bragança estar à vista do campo de jogo. Alguns jogadores comentavam mesmo que, num caso recente, em Argozelo, o socorro foi muito mais rápido e a distância é muito maior.
AGR
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