No distrito de Vila Real, no último ano, 143 soldados da paz deixaram o país, à procura de melhores condições de vida. O combate aos fogos florestais pode estar em risco. Associações humanitárias do distrito procuram soluções.
A crise económica e a falta de oportunidades de trabalho em Portugal está a levar muitos bombeiros voluntários a deixar os quartéis e procurar novas oportunidades de vida no estrangeiro.
Só no distrito de Vila Real, das 27 corporações existentes saíram 143 voluntários no último ano.
O problema preocupa o presidente da Federação Distrital de Bombeiros do distrito, até porque há corporações em que a baixa é de 15 elementos.
“Era este pessoal que estava mais mais liberto para o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais [DECIF 2013] e estamos a antever que nos vá complicar o combate aos incêndios florestais”, refere à Renascença Fernando Queiroga.
“A saída de um número cada vez maior de portugueses para o estrangeiro” e, neste caso, de bombeiros “tende a agravar-se nos próximos tempos”, salienta, exemplificando com a situação que se vive na corporação de Boticas, onde é presidente de direcção.
“Há elementos que já vieram falar comigo e estão na iminência de sair”. É natural, diz, “têm os encargos no final do mês, os empréstimos para pagar, os filhos na universidade e não têm emprego, têm de tratar da vida”.
As associações humanitárias do distrito estão a dialogar entre si, no sentido de minimizar o problema, e algumas estão já a fazer angariação de novos elementos. “Mas estes novos elementos não estão em condições de tomar as rédeas deste serviço", acrescenta Fernando Queiroga, admitindo que a solução mais imediata pode passar por “fazer vários turnos com os mesmos elementos”.
“Uma coisa é certa”, assegura o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Vila Real: “Vamos assegurar as funções que nos concederam”.
fonte:RR
Sem comentários:
Enviar um comentário