É mais um documento a confirmar as alterações nos serviços de urgência do distrito de Bragança. Um relatório da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, datado de Fevereiro, e agora conhecido vai ao encontro da Carta Hospitalar, um documento concluído em Abril. Ambos propõem a desclassificação do serviço em Mirandela, passando de Urgência médico-cirúrgica para Serviço de Urgência Básica (SUB). Em Macedo de Cavaleiros o actual SUB instalado no centro de saúde deverá passar a Serviço de Atendimento Permanente (SAP), tal como a Brigantia já tinha avançado quando foi divulgada a Carta Hospitalar. O presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros não se mostra surpreendido nem preocupado com esta proposta pois Beraldino Pinto diz que o Governo já garantiu a continuidade do SUB. “Já era do nosso conhecimento, por isso não há surpresa nenhuma. Surpresa seria se não viessem a confirmar aquilo que já se tinha sido dito inclusivamente por pessoas que estiveram envolvidas na elaboração do relatório e que propunham o enceramento”, afirma, acrescentando que “os próprios profissionais de saúde do distrito já sabiam dessa proposta”. No entanto considera que “aparece extemporaneamente pois já há o compromisso por parte do secretário de estado da saúde de que o serviço de urgência de Macedo de Cavaleiros continua e que até vai ser incorporado uma ambulância SIV com equipa técnica”. Já o presidente da câmara de Mirandela lembra que existem um protocolo assinado com o ministério de saúde que garante a urgência médico-cirúrgica na cidade do Tua. “Isso foi objecto de uma acção que apresentámos no tribunal administrativo e fiscal de Mirandela e que está a decorrer neste momento exigimos que esse protocolo seja cumprido em todas as suas vertentes nomeadamente na valência da urgência médico-cirúrgica que deve estar a funcionar”, afirma António Branco, acrescentando que “não vamos aceitar de forma simples esta desclassificação”.
Entretanto o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, já veio dizer que este relatório é de caracter consultivo e que não haverá mais cortes na saúde.
Escrito por Brigantia e Terra Quente (CIR)
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