A Unidade Local de Saúde do Nordeste acaba de contratar a primeira oncologista. É o resultado de um procedimento concursal lançado há meio ano para a contratação de 39 médicos em diversas especialidades.
Ao todo foram preenchidas seis vagas. O director clínico salienta que é o maior número de médicos recém-especialistas a trabalhar no Nordeste. “O facto de só termos conseguido admitir seis médicos acaba por ser um ponto forte porque nos últimos anos terá sido o maior número de médicos recém-especialistas que entrou neste estabelecimento de saúde”, afirma Domingos Fernandes, acrescentando que “continuamos a necessitar de médicos, mas em relação ao nosso histórico foi bom termos conseguido contratar estes seis novos jovens especialistas de diversas áreas”. Através deste concurso foram recrutados ainda três cirurgiões, um ortopedista e uma médica para Medicina Interna, que fez o internato na ULS Nordeste e optou por ficar. A contratação da primeira oncologista vai contribuir para evitar muitas deslocações dos doentes da região ao Porto para fazer tratamentos. “Muitos dos nossos doentes podem ser tratados mais perto do seu ambiente familiar e ter uma melhor qualidade de vida sendo tratados nos meios locais”, refere a especialistas, acrescentando que “a maior parte dos tratamentos necessários podemos realizá-los na nossa instituição”. Fernanda Estevinho fez o internato no Instituto Português de Oncologia do Porto e escolheu trabalhar em Bragança por ser natural da região. “Bragança era uma das minhas principais opções”, assegura e conta que “no ano passado fui convidada para ir trabalhar para Sevilha com o número um a nível mundial, mas isso significava sair do meu país”. A médica oncologista explica ainda que “voltar para o meu local de origem permite-me ter uma melhor qualidade de vida, prestar apoio aos meus familiares e a nível profissional é um desafio”. O corpo clínico da ULS Nordeste tem actualmente cerca de 200 médicos com média de idade superior a 50 anos. O objectivo destas contratações é rejuvenescer as equipas médicas, pois cerca de 50% dos profissionais que foram recrutados através deste concurso são recém-formados. Ainda assim ficaram 33 vagas por preencher. Domingos Fernandes acredita que mais lugares serão preenchidos no próximo concurso que ainda vai ser lançado. “Estamos à espera que seja aberto um novo procedimento concursal e acreditamos que vamos conseguir abrir as vagas necessárias e um esforço para dar a conhecer a nossa realidade para que os médicos venham para o interior”, afirma.
Segundo o director clínico da ULS Nordeste, há falta de médicos nas especialidades de medicina geral e saúde familiar, anestesiologia e medicina interna.
Escrito por Brigantia
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