O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse hoje, em Coimbra, que os helicópteros Kamov do Ministério da Administração Interna (MAI) estão a dar, desde 01 de novembro, "um excelente apoio" à emergência pré-hospitalar.
"Para surpresa dos mais céticos, os Kamov estão a dar-nos um excelente apoio.
Desde 01 de novembro até hoje já temos mais de duas dezenas de voos realizados
com os Kamov e com os nossos, em perfeita articulação", disse hoje à agência
Lusa Miguel Soares de Oliveira.
Frisou que os Kamov "aterram em sítios onde era dito que era impensável, como
seja o heliporto do hospital de Faro que é em cima do hospital" ou "no meio de
uma rotunda" em situações de emergência primária.
Miguel Soares de Oliveira destacou a "complementaridade" das aeronaves do MAI
com os três helicópteros que o INEM tem de reserva "para o país todo", que
operam 24 sobre 24 horas "e que nunca tiveram nenhuma falha de
operacionalidade".
Para o presidente do INEM, que falava no final da assinatura de um protocolo
de integração das equipas das duas viaturas médicas de emergência e reanimação
(VMER) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) nos serviços de
urgência da instituição, os helicópteros estão a dar uma "excelente resposta" às
necessidades de transporte [de emergência] por meio aéreo da população
portuguesa.
Assumiu que a "busca de sinergias para ganhos de eficiência" feita em
partilha com os dois helicópteros Kamov do MAI, que chegou a estar prevista para
01 de outubro "tardou em ser concretizada" mas arrancou um mês mais tarde.
Sobre o protocolo hoje assinado, Miguel Soares de Oliveira definiu-o como "um
sistema mais eficiente e mais eficaz", não só por proporcionar equipas "mais
treinadas" em ambiente intra e extra-hospitalar como por permitir a integração
dos profissionais das VMER e das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV)
na transferência de doentes críticos entre unidades hospitalares.
"Os primeiros dados que temos do processo de integração apontam para uma
subida de 30 por cento na oferta das ambulâncias SIV e uma redução, em 35 por
cento, da inoperacionalidade das VMER", frisou.
O presidente do INEM adiantou que em 10 meses foram feitos 1.200 transportes
de doentes críticos entre unidades de saúde.
Por seu turno, José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do
Centro, considerou este dia como "marcante" na relação "profícua" entre o INEM e
as instituições de saúde da região centro.
Já José Martins Nunes, presidente do Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra, frisou a "conceção moderna" da extensão da urgência hospitalar para
fora quer do Hospital dos Covões, quer dos Hospitais da Universidade de Coimbra,
que integram o CHUC e o facto dos profissionais das duas VMER passaram a poder
"envolver-se nas urgências" hospitalares.
"É uma enorme rentabilização de meios e recursos", disse.
Diário Digital com Lusa
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