O ministro da Administração
Interna destacou hoje a capacidade de resposta do dispositivo de combate aos
incêndios florestais, num ano "muito difícil" do ponto de vista do clima, tendo
reconhecido que houve problemas.
"Do ponto de vista
climatérico, foi uma situação muito difícil, a capacidade de resposta do
dispositivo foi positivo, sem esquecer que, aqui e ali, houve problemas e a
identificação desses problemas são muito importantes para que não voltem a
ocorrer", disse aos jornalistas Miguel Macedo.
Na cerimónia de avaliação do
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), o ministro
realçou a capacidade de resposta dos meios aéreos e terrestres. Segundo Miguel
Macedo, os meios aéreos levaram, em média, no mês de agosto, menos de sete
minutos a chegar ao terreno, e os meios terrestres chegaram em 16 minutos.
O ministro referiu também que
87 por cento dos incêndios em Portugal estão extintos nos primeiros 45 minutos
da sua ocorrência, o que demonstra "bem a dimensão da eficácia deste
dispositivo".
"O que correu mal foi, aqui ou
ali, algumas situações que, na avaliação da própria proteção civil, ou do
dispositivo no terreno, se verificou que as coisas podiam ter andado de outra
de forma e se poderia ter respondido de outra forma", sublinhou, sem apontar os
problemas. Adiantou, porém, que um dos aspetos que "menos correu bem" foi no
Algarve, com o incêndio que deflagrou em "condições muito difíceis, atípicas e
quase únicas".
Também presente na cerimónia,
a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território,
Assunção Cristas, destacou a aposta que tem de ser feita na prevenção dos
incêndios florestais, tendo enumerado algumas das iniciativas
legislativas.
Segundo a avaliação do
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que hoje foi
feita em Lisboa, a área ardida aumentou 55 por cento, e as ocorrências de fogo
diminuíram cinco por cento este ano, em relação a 2011.
Os dados referem que, entre 01
de janeiro e 15 de outubro, se registaram 20.969 ocorrências de fogo, menos
1.234 do que no mesmo período do ano passado, quando deflagraram 22.203. Já a
área ardida aumentou 55 por cento, tendo os 20.969 incêndios consumido 105.016
hectares de floresta, enquanto em 2011 arderam 67.594 hectares.
O maior fogo de 2012 teve
início a 18 de julho, no distrito de Faro, e afetou 21.437 hectares de espaços
florestais, cerca de 20 por cento da área florestal ardida este
ano.
Fonte:
SIC \ Lusa
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