O presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Jaime Soares, afirmou hoje, em comissão parlamentar, que
a Autoridade Nacional de Proteção Civil “é um Estado dentro de um
Estado”.
A propósito dos incêndios do
verão no Algarve, Jaime Soares criticou perante os deputados da comissão
parlamentar de Agricultura a estrutura da proteção civil e defendeu
modificações.
“A Autoridade Nacional de
Protecção Civil é um Estado dentro de um Estado”, criticou o dirigente, que já
tinha defendido que a esta entidade devia caber a "coordenação e não o
comandamento" do combate às chamas.
Jaime Soares indicou que na
sua “opinião o MAI [Ministério da Administração Interna] deve colocar mais
pessoas mais capazes e competentes”.
O dirigente concordou que as
alterações não deviam ter sido feitas no verão, mas acrescentou haver muitas
vozes a defender alterações na estrutura.
“O propósito da Liga não é
protagonismo, é de criar diálogo”, garantiu.
Sobre o incêndio do Algarve, o
responsável afirmou que o alarme foi dado atempadamente, mas a “coordenação
falhou redondamente nas primeiras 42 horas”.
Para Jaime Soares “não está
tudo errado na Protecção Civil”, porém, o fogo em Tavira “mostrou por A mais B”
que houve falhas.
“A Liga dos Bombeiros
Portugueses não pede a cabeça ninguém. A liga com o seu trabalho (um relatório
sobre o fogo) que a Autoridade Nacional de Protecção Civil tivesse tido o
sentido de responsabilidade para sentar todos à mesa e apurar onde as coisas
falharam para não voltarem a falhar”, argumentou.
Em relação à prevenção de
incêndios, Jaime Soares, disse que “está tudo mal” e que "os fogos
evitam-se”.
Fonte.
RegiaoSul
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