Paula Lopes está revoltada com a alegada falta de profissionalismo e humanização que, em seu entender, tem tornado o serviço deficitário, por parte da coordenadora da unidade e restantes funcionários.
Segundo alguns habitantes daquela vila do concelho de Mirandela, tem sido muito difícil marcar consultas, levando muitos utentes a recorrer a médicos de concelhos limítrofes.
Marcelino Batista e José Fernandes, habitantes de Torre D. Chama afirmam existirem pressões para que não venham médicos para a unidade de saúde que, segundo os mesmos, neste momento está a ser assegurada por uma médica, a coordenadora da unidade.
“Em Mirandela há médica interessadas em vir trabalhar para aqui mas enquanto cá estiver esta coordenadora não vêm” refere Marcelino Batista. “Há mais de dois meses que queremos ter uma consulta e dizem-nos que não há médicos, que estão de baixa” acrescenta José Fernandes.
Já Elisabete Teixeira, outra moradora, manifesta o seu desapontamento com as promessas feitas aquando da criação da unidade de saúde familiar, e que não foram cumpridas.
“Prometeram mundos e fundos. Diziam até que ía um autocarro ás aldeias a apanhar as pessoas e isso nunca aconteceu. Há uma médica que veio para aqui há pouco tempo e já se vai embora porque não aguenta o stress desse ambiente” afirma, acrescentando que “o povo está descontente porque várias pessoas já tiraram daqui o processo para Mirandela e para Vinhais”.
A junta de freguesia já fez chegar as reivindicações da população ao ACES Nordeste, mas até ao momento não obteve resposta.
Posto isto, Paula Lopes decidiu tornar pública a revolta daquilo a que chama falta de profissionalismo e carácter de quem trabalha na unidade de saúde.
Paula Lopes ameaça fechar as portas da unidade de saúde familiar.
“Nós vamos fechar as portas da unidade de saúde enquanto aquilo não funcionar em condições” refere. “Como é que alguém pode tratar pessoas com tanta indiferença e com tanta falta de postura?” questiona. “Não é assim que se lida com a gente idosa e com quem precisa” salienta.
A autarca considera que “estão a dar cabo da Torre porque as pessoas estão a fugir para o médico que foi expulso daqui. Ele vai fazer consultas a Rebordelo e muita gente está a pedir transferência para lá”.
E aponta a solução possível para o bom funcionamento desta unidade de saúde.
“Se eventualmente pudesse haver uma entidade externa a controlar e a regular a unidade de saúde garantidamente que ela funcionava” avança.
Contactada a coordenadora da unidade de saúde familiar de Torre D. Chama, até ao momento não obtivemos qualquer reacção.
No ACES Nordeste, o coordenador está de férias até Janeiro mas foi-nos dito que estaria tudo a funcionar dentro da normalidade nesta unidade de saúde.
Escrito por CIR
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