O secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, referiu ontem, em Miranda do Douro, que a resolução dos constrangimentos provocados pela queda de neve, como o corte de estradas e o isolamento de aldeias, "tem que ter uma resposta local", que passa pelos planos de emergência dos municípios.
Vasco Franco deslocou-se àquela cidade para participar no aniversário dos 50 anos dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, onde disse que a criação de um plano nacional para intervir nos nevões, tal como nos incêndios florestais, não faz sentido, porque os concelhos, onde cai neve, dispõem dos planos municipais de emergência.
"Não necessitam de grandes intervenções exteriores. Ao contrário dos grandes incêndios, em que é preciso deslocar meios aéreos e bombeiros entre regiões", acrescentou o governante.
No início de Dezembro, nevões cobriram vários distritos, como Bragança, Vila Real e Viseu, obrigando ao corte de estradas e à manutenção de aldeias isoladas como sucedeu em Montalegre. Todavia, o secretário de Estado defendeu que "as coisas têm corrido bem", justificando que "não houve situações de pessoas isoladas em estradas durante muitas horas, porque não foram cortadas a tempo. As que houve foram situações pontuais", frisou.
A intervenção em casos de neve correu menos bem no Inverno passado. "Foi pior. Houve mais indisciplina por parte dos condutores, as concessionárias não funcionaram tão bem", advertiu.
Sobre a eventual falta de veículos limpa-neve ao serviço da Estradas de Portugal, Vasco Franco reconheceu "que seria desejável que existissem mais meios deste tipo, mas são mais pesados e caros". Indicou que há outros recursos, como a adaptação de meios de limpeza aos tractores e a utilização de sal-gema.
Fonte:JN
Foto: PFerro
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