O presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais- FNAPF, Vasco Campos, já aplaudiu a intenção do Governo de punir através da GNR com “multas na hora” os proprietários que não limpem os terrenos florestais, nomeadamente o perímetro de 50 metros em torno das edificações como está previsto na lei.
Vasco Campos reagia assim, aos microfones da Antena 1, às declarações da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas que, esta semana, anunciou que está a estudar juntamente com o Ministério da Administração Interna um modelo para que os proprietários florestais que não limpem os terrenos passem a ser multados na hora, tal como acontece com as “multas de trânsito”.
Apesar de sublinhar que representa “uma federação de proprietários conscientes” que cumprem a legislação, o presidente da FNAPF entende que há ainda muito por fazer nesta área em virtude de proprietários que não limpam ou simplesmente abandonam os seus terrenos, pondo em causa a segurança de bens e pessoas, nomeadamente no período crítico de incêndios florestais.
“O que acontece muitas vezes é que os bombeiros em vez de estarem a combater o fogo na floresta, passam o tempo a defender as casas por causa desses proprietários inconscientes”, referiu Vasco Campos, fazendo notar que o “atual modelo não está a funcionar”, uma vez que as Câmaras Municipais, a quem cabe o papel de identificar e notificar os proprietários que prevaricam, “na sua larga maioria não estão fazê-lo”.“Esse trabalho não está a ser feito antecipadamente e o que acontece todos os anos no período crítico é aquilo que se vê: os incêndios a chegarem perto das habitações”.
Vasco Campos não tem dúvidas de que esta pode ser “uma ajuda importante” na diminuição do risco de incêndios florestais, embora só possível de pôr em prática com a existência de um cadastro da propriedade. “O que seria da GNR a fazer cumprir as regras de trânsito aos automobilistas se as viaturas não estivessem identificadas com a matrícula, no caso dos proprietários florestais também temos de saber quem são para poder actuar”, alerta o presidente da FNAPF.
Fonte: http://correiodabeiraserra.com/
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