Dobram os sinos na Igreja da Aldeia,
Qual chorar de grande aflição.
Desperta o povo à luz da candeia,
Expulsando o sono ao bater do coração.
Luz laranja fundida no céu,
Luz de medo no rosto da gente.
Linguas de fogo em noite de breu,
Reza-se aos santos e ao omnipotente.
Praguejando os homens, e as mulheres rezando,
Correm na rua de caldeiro na mão.
Prestando ajuda, vai o povo chorando,
Meu Deus que desgraça, arde a casa do irmão.
Aos gritos do povo, e dos sinos a rebate,
Junta-se ao longe a sirene pungente,
Acodem os Bombeiros, em grande combate,
Foi Deus quem enviou, esta tão nobre gente.
Gente de coragem, pronta e sem medo,
Rapidamente e em combate feroz,
desafiando o fogo com sangue de gelo,
Amainando no povo um terror atróz.
Dominandas es chamas com sabor e valentia,
Retiram-se os Bombeiros com o dever cumprido.
Com o povo auxiliado, vai a alma em alegria,
Regressam ao seu posto, de soldados em sentido.
Soldados da paz, e homens de bem,
Com a vida entregue, ao protector S. Marçal.
Auxiliam e acudem, sem olhar a quem,
Dão vida por vida, Bombeiros de Portugal.
Por: Manuel Bombeiro
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