substituição de viaturas de combate a fogos destruídas pela vaga de fogos deste Verão. A verba, no entanto, é escassa para a compensação.
O anúncio foi feito no Parlamento pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, o qual espera que esta verba “permita proceder em termos tão rápidos quanto possível à substituição destas viaturas, para que se reganhe a capacidade operacional”.
Em causa, estão as viaturas dos bombeiros que foram destruídas nos fogos do Verão, e que Miguel Macedo conta substituir.
Mas uma pesquisa aos grandes incêndios mostra que o dinheiro é curto, porque as últimas viaturas, que estão a ser comparticipadas com recurso a verbas comunitárias, orçam entre 150 mil e 200 mil euros, o valor dereferência para os veículos florestais de combate a incêndios. Só no grande fogo de Penacova arderam 4 veículos dos bombeiros de Penacova, Vila Nova de Poiares e Brasfemes.
No grande incêndio do Caramulo, ficaram destruídos um autotanque de grande capacidade, de Santa Comba Dão, e um autotanque dos Bombeiros de Algés.
Ficou ainda destruído um Auto-comando dos Bombeiros de Viseu, e uma viatura florestal de Carregal do Sal.
Em Trás-os-Montes, foi consumida pelas chamas uma viatura pertencente ao corpo de Bombeiros de Miranda do Douro, e também um carro de combate a incêndios dos Bombeiros de Salvação Pública de Chaves. Em Santarém, um veículo dos bombeiros foi destruído pelas chamas durante o combate a um incêndio na Atalaia, Vila Nova da Barquinha. Há ainda o caso de uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, que ardeu num incêndio naquele concelho, e de uma outra de Penalva do Castelo.
Dezenas de viaturas em acidentes Mas por todo o país, foram dezenas as viaturas das corporações de bombeiros envolvidas em acidentes, e nos próprios incêndios cujos danos apenas constam dos relatórios internos das corporações. É o caso de Monção, onde o veículo VTTU (auto tanque) teve uma avaria na motobomba, cujo custo de reparação é de 5 mil euros, e que levou a autarquia a entregar um subsídio extraordinário aos bombeiros destinado a comparticipar as despesas da corporação na época de incêndios florestais.
Já em Évora, a Federação Distrital de Bombeiros, cujas corporações reforçaram o Norte
do país na fase mais critica, promoveu um sorteio para distribuir verbas pelas 14 corporações. Em 2012 a corporação de bombeiros de Évora perdeu duas viaturas e “quando se perde uma viatura em serviço, o Estado só paga aos bombeiros uma percentagem do carro e não o carro na totalidade”, lamentou o presidente.
Mas no Parlamento o ministro da Administração Interna adiantou ainda que foi aumentada, de 50 para 80 por cento, a comparticipação aos veículos dos bombeiros perdidos em acidentes operacionais.
Porém, dizem os bombeiros de todo o país que os fogos agravaram a já débil situação financeira das corporações.
A Liga anunciou, entretanto, que os bombeiros estão a ser confrontados com despesas que não estavam programadas e precisam, por isso, de ser apoiados.
Essa situação levou mesmo o presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, a manifestar a intenção de entregar um cheque no valor de 1 milhão de dólares para a ajuda aos bombeiros portugueses.
Jornalista: Amadeu Araújo
Jornal o Crime de 31-10-2013
Sem comentários:
Enviar um comentário