A região do Nordeste Transmontano têm sido afectada por incêndios durante todo o ano. Os incêndios "fora de época", não são menos importantes que os Incêndios na época quente. Durante o ano algumas consequencias variam conforme a altura, só que nem sempre se dá a mesma importância a estes incêndios, apesar dos efeitos do fogo se manterem nas zonas queimadas por bastante tempo. Geralmente os cursos de combate a incêndios florestais não abordam na sua programática os impactos dos incêndios para com o solo, vegetação e ambiente envolvente, sendo que é importante dar a conhecer esses efeitos resultantes.
Os impactes resultantes do fogo pode ser:
- Efeitos de primeira ordem- São aqueles que resultam directa e imediatamente do fogo.
- Efeitos de segunda ordem- Sãos as modificações de longo prazo resultantes do tratamento e das condições ambientais no período subsequente ao fogo.
Os principais impactes do fogo no solo estabelecem-se em:
-Modificações imediatas no solo causadas pelo fogo dependem das caracteristicas iniciais do solo, da duração da exposição ao calor (tempo/calor), e das temperaturas alcançadas. Estas são:
-Alterações nos nutrientes;
-Aumento do pH por adição das cinzas;
-Modificações químicas;
-Hidrofobicidade (repelência da água no solo)
REGIME DE NUTRIENTES NO SOLO APÓS O FOGO
-Perda de nutrientes por volatilização;
-Adição de nutrientes nas cinzas;
-Aumento do pH;
-Aumento da temperatura do solo;
-Precipitação pós-fogo.
POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DO AZOTO
-Por perdas por volatilização;
- A perda é proporcional à quantidade de combustível consumido;
-Por perdas das formas solúveis em água, causadas por erosão ou lixiviação das cinzas.
POSSIBILIDADE DE AUMENTO DO AZOTO
-O aquecimento, que decompõe o azoto existente em formas complexas;
-O aumento da temperatura e pH do solo favorece a actividade microbiana;
- Aumenta a actividade das plantas fixadoras de azoto.
-Micorrizas (Cogumelos)- Um fogo que remova uma parte substancial da manta morta tenderá a limitar seriamente a micorrização.
EROSÃO PÓS-FOGO
- Grau de perturbação pré-existente (caminhos, erosão prévia);
-Características do solo;
-Formação de uma capa hidrofóbica;
-Quantidade de solo mineral exposto;
-Quantidade de coberto superficial orgânico;
- Momento e intensidade das ocorrências de precipitação posteriores ao fogo;
- Declive;
CONSIDERAÇÕES RELATIVAS À GESTÃO DO IMPACTE DO FOGO NO SOLO
-Conhecer a textura do solo —solos mais grosseiros são mais susceptíveis a processos erosivos, formação de capas hidrofóbicas, e são mais secos (o que facilita efeitos indesejáveis de aquecimento);
-Conhecer a acidez (pH) e fertilidade do solo;
-Controlar a quantidade de calor que penetra no solo, através da prescrição da humidade da manta morta inferior;
-Regular a quantidade de combustível e manta morta inferior consumida;
-Deixar uma quantidade específica de manta morta residual.
Por: Paulo Ferro Técnico DFCI -Trabalho no âmbito da disciplina de Uso de Fogo (CET-DFCI/IPB)
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