As corporações de bombeiros registaram uma diminuição de 30 por cento no transporte de doentes não urgentes em ambulâncias no primeiro semestre deste ano face a igual período de 2010, segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
O presidente da LBP, Duarte Caldeira, disse à agência Lusa que a Liga fez um levantamento junto das corporações de bombeiros para avaliar as consequências do novo regulamento de acesso ao transporte de doentes não urgentes, tendo concluído que se registou uma redução de cerca de 30 por cento do serviço no primeiro semestre face a período homólogo de 2010.
Duarte Caldeira atribuiu a redução do serviço ao menor número de prescrições por parte dos médicos.
Segundo o despacho, que entrou em vigor em maio, o direito ao transporte gratuito é possível com justificação clínica e em 15 situações listadas (entre outras, patologias do foro psiquiátrico, doenças do foro oncológico, perturbações visuais graves, gravidez de risco). Têm ainda acesso ao serviço dos bombeiros os utentes com rendimentos iguais ou inferiores ao apoio social (cerca de 480 euros mensais).
O Ministério da Saúde paga aos bombeiros o transporte de doentes nesses casos.
O presidente da LBP disse que os médicos estão a prescrever menos serviços de transporte de doentes não urgentes, adiantando ter conhecimento de orientações internas nesse sentido.
Duarte Caldeira sublinhou que este serviço é feito nas corporações de bombeiros por profissionais, tendo as corporações contratado pessoal e adquirido ambulâncias para esse efeito.
Para fazer uma avaliação do transporte de doentes em ambulâncias dos bombeiros e analisar os impactos do novo regulamento nas corporações, a LBP pediu uma audiência ao ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Duarte Caldeira disse ainda que a agravar o problema está também as dívidas dos hospitais aos bombeiros pelos serviços prestados
Fonte:Destak
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