Este ano houve um aumento de 40 por cento nos atropelamentos contabilizados pela PSP em Bragança. A falta de cuidado dos condutores poderá ser uma das causas para este aumento. Até ao início de Outubro deste ano, a PSP de Bragança já tinha contabilizado 17 atropelamentos na cidade.
Mais cinco do que em todo o ano de 2009.
“Até início do mês de Outubro, este ano há um aumento de cerca de 40 por cento no número de acidentes. No ano passado tivemos 12 e este ano já temos 17.” Para Amândio Correia, na origem deste aumento poderá estar “alguma desatenção dos condutores, porque 50 por cento destes atropelamentos ocorrem na passadeira. O que significa que, de facto, algo não está a correr bem por parte dos condutores, dos peões e, eventualmente, também por parte da polícia.”
Este ano houve um atropelamento mortal, na zona junto ao Instituto Politécnico de Bragança, já este mês.
Mas o comandante da PSP de Bragança, Amílcar Correia, garante que aquela não é uma zona crítica.
“Em termos de atropelamentos não é uma zona crítica. Na alameda de Sta. Apolónia, onde houve este atropelamento, em 2009 não há registo de nenhum. Na Sá Carneiro, houve um atropelamento em 2009, na zona que envolve o IPB.”
Segundo um estudo interno do comando da PSP de Bragança, que recolheu dados entre 2005 e 2009, a Avenida Abade de Baçal concentra 12 por cento dos acidentes com vítimas, registando já 41 feridos nos últimos cinco anos. A Avenida Sá Carneiro tem 39, ou seja, 11 por cento. Já a Avenida General Humberto Delgado, que serve três das escolas da cidade, registou 19 acidentes. Mas Amílcar Correia está convencido que as obras nesta avenida vão melhorar o registo de acidentes.
“Neste momento não é possível analisar se será uma via de risco, mas pensamos que não. O tráfego alterou-se significativamente. Os acessos às escolas fazem-se agora por novas vias.”
O Comandante da PSP de Bragança confirma, no entanto, que a fiscalização da polícia tem aumentado.
“No ano de 2010, a PSP já levou a efeito 140 operações de stop, para reprimir comportamentos de risco, que mais contribuem para a gravidade dos sinistros, nomeadamente no controlo de velocidade, detecção de condução sob o efeito do álcool, condução ao telemóvel, sem cinto e estacionamento nas passadeiras.” Houve mesmo mais de 1500 autos e cerca de 90 detenções por condução com excesso de álcool.
Apesar de tudo, este ano já houve mais 40 por cento de atropelamentos em Bragança do que no ano passado.
Recorde-se que já este mês uma aluna do IPB morreu, depois de ter sido atropelada numa passadeira junto aquele estabelecimento de ensino.
Escrito por Brigantia
Foto: PFerro
Sem comentários:
Enviar um comentário