Em apenas 15 dias, Bragança passou do segundo para o sexto lugar entre os distritos com mais área ardida do país. Segundo o último relatório da Direcção Geral de Florestas, que analisa as ocorrências entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, no distrito de Bragança arderam 7896 hectares, menos do que na Guarda, Vila Real, Braga, Porto e Viseu. Mas, 15 dias antes, Bragança era o segundo distrito com mais área ardida do país, apenas atrás da Guarda, que registava 16769 hectares queimados. Em Vila Real a área ardida quase duplicou entre 15 e 30 de Setembro, passando de 6 886 hectares ardidos para 12877. Ou seja, este ano a área ardida na região transmontana foi cinco vezes superior à do ano passado, até ao final da fase Charlie, a fase mais crítica do combate aos incêndios. O comandante distrital da Protecção Civil de Bragança, Melo Gomes, atribui este aumento ao tempo anormalmente quente. Este aumento deve-se essencialmente a dois factores fundamentais: a ausência de precipitação durante os meses de Agosto e Setembro e o tempo anormalmente quente também nestes meses. Notou-se também é que fogos com pouca duração é que fogos com pouca duração consumiam muita área rapidamente. No entanto, segundo o comandante da Protecção Civil de Bragança, as medidas de protecção têm melhorado. Nota-se um melhoramento, ainda que relativamente curto, na limpeza, na construção de alguns aceiros, mas ainda muito longe do desejável. E depois de uma época de incêndios em que os bombeiros de Bragança sentiram algumas dificuldades em encontrar pontos de água para abastecer, Melo Gomes deixa um conselho. Aconselho sempre a construção de pontos de água quer para os meios terrestres quer para os meios aéreos. Os números completos da área ardida no distrito de Bragança devem ser divulgados na próxima segunda-feira, pelo Governo Civil.
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