GNR realizou hoje um simulacro de sismo, em Alcochete, onde testou, pela primeira vez, quatro viaturas tecnológicas para intervenção em catástrofes e detecção de matérias perigosas, equipamentos adaptados à realidade portuguesa e orçados em 1,6 milhões de euros.
Concebidos por uma empresa portuguesa e criados especificamente para o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR com base nos modelos utilizados em Inglaterra, os novos equipamentos são compostos por duas viaturas de intervenção em estruturas colapsadas e outras duas para situações de identificação e detecção de matérias perigosos.
Para testar estes equipamentos multidisciplinares, classificados de «última geração tecnológica» pelo comandante do GISP, major Albino Tavares, a GNR realizou um simulacro de sismo, em Alcochete. Estruturas e habitações colapsadas, fuga de matérias perigosas, possíveis situações de roubos e distúrbios civis foi o cenário escolhido para o exercício, no qual estiveram envolvidos perto de meia centena de militares.
Além dos GISP, foram accionadas as intervenções do Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC) com binómios de detectores de odor humano e do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) que fez a protecção das forças de socorro.
Destacando a importância das novas estruturas, o major Albino Tavares disse à agência Lusa que os equipamentos têm valências nas áreas de buscas e resgate, corte e demolição, identificação e detecção de matérias perigosas e ainda aparelhos de respiração em circuito fechado.
Segundo o comandante do GISP, os equipamentos estão compartimentados em quatro viaturas, que podem ser accionados para cenários de catástrofes em qualquer parte do mundo.
Albino Tavares explicou que os GISP podem ser chamados para uma missão internacional, no âmbito do mecanismo europeu de protecção civil, podendo o equipamento ser montado em duas horas e permitindo uma auto-suficiência de sete dias.
Os novos equipamentos, operacionais desde Janeiro, ficaram orçados em 1,6 milhões de euros, tendo sido adquiridos com fundos do Quadro de Referencia Estratégico Nacional (QREN) para a protecção civil.
Desde o início do ano que os GIPS da GNR estão também a utilizar estes equipamentos para fazer fiscalização ao transporte rodoviário de mercadorias perigosas, fazendo a confrontação entre a documentação e o transporte efectuado, adiantou.
Esta fiscalização é feita nas vias com mais veículos deste género a circular e em conjunto com outras unidades da GNR.
O major Albino Tavares ainda não tem um balanço final das operações realizadas até ao momento, mas avançou que já foram fiscalizados cerca de uma centena de camiões que transportam matérias perigosas, que resultaram no levantamento de, pelo menos, 14 multas.
No futuro, esta unidade da GNR quer também alargar a fiscalização ao transporte de mercadorias perigosas em comboios, um tipo de acção que ainda não é feita no país.
Com 632 militares, os GISP da GNR estão presentes em 11 distritos e actuam sobretudo na primeira intervenção de combate a incêndios florestais e em cenários de catástrofes, sismos, cheias, busca e salvamento.
Fonte:Lusa/SOL
2 comentários:
ja fomos.adeus bombeirada...
sres dirigentes da bombeirada entreguem tudo de vez a gnr que e melhor,que trabalhem eles por nos
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