A Liga Portuguesa dos Bombeiros (LPB) decidiu abandonar na sexta-feira a reunião do grupo de trabalho criado para regulamentar o transporte de doentes que decorria com a presença das associações representativas dos taxistas.
Segundo um comunicado da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) e Federação Portuguesa do Táxi (FPT), tal atitude revela “a indisponibilidade para o confronto das ideias que as associações carrearam para a discussão”.
Jaime Marta Soares, presidente da LPB, em declarações à Lusa, contrapõe que “foram os representantes da Antral, que em vez de discutirem as questões essenciais ou porem em cima das mesas a sua posição, optaram, como têm feito publicamente, em atirar contra a LPB” como se esta fosse causadora de alguma situação.
O dirigente dos bombeiros argumenta que os seus apelos para que “a reunião decorresse com elevação não foram entendidas por parte da Antral” e perante essa situação foi decidido que os seus representantes não se podiam manter no encontro.
No seu comunicado conjunto, a Antral e a FPT lamentam “tal atitude que no entanto não desmotivará as associações de prosseguirem os seus objetivos na defesa dos seus associados, razão porque, respondendo ao convite do coordenador do Grupo de Trabalho, enviarão documentos complementares com o detalhe das suas propostas após o que aguardarão serenamente a marcação de nova reunião do grupo de trabalho”.
As associações de taxistas integraram o grupo de trabalho após uma reunião no dia 10 de Maio com o secretário de Estado da Saúde que decorreu depois de uma manifestação daqueles trabalhadores a nível nacional ter paralisado a circulação na Avenida da República, em frente ao Ministério da Saúde, a 29 de Abril.
Jaime Marta Soares afirma que “até hoje o grupo de trabalho funcionou perfeitamente, definiu o que eram os pontos de vista de cada um e tudo sempre decorreu na perfeita harmonia e quem veio criar instabilidade” foram as associações de taxistas.
Para o presidente da LPB, o “grupo de trabalho já concluiu o que tinha a concluir e só falta a homologação por parte da secretaria de Estado”.
Marta Soares afirma que não são os bombeiros que associações de taxistas devem visar, “deve é efectivamente pedir alteração da lei, mas as regras são bem claras para quem pode transportar doentes não urgentes e quem não pode”.
Para este dirigente “o transporte de doentes pode ser desenvolvido por entidades que cumpram tanto os regulamentos internos como comunitários” e na sua opinião “os táxis não estão incluídos porque não estão identificados como entidades transportadoras de doentes”.
fonte:Publico
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