A carreira aérea Bragança - Vila Real - Lisboa está em perigo.Tudo porque o Governo já deveria ter lançado um novo concurso público para a exploração do serviço e tal ainda não aconteceu.
A situação está a preocupar o deputado socialista, eleito por Bragança.Mota Andrade revela que a Aerovip, o actual operador, já está a dispensar trabalhadores, uma vez que o serviço deverá ser suspenso até ao final do ano.“Pelas informações que tenho, a Aerovip já enviou várias cartas de despedimento a funcionários, o que um forte indicador de que a empresa está consciente de que no máximo até ao final do ano, a carreira se extinguirá”, adianta Mota Andrade.
De recordar que o contrato de concessão terminou em Janeiro, mas um acordo verbal entre o Governo a Aerovip permitiu continuar a realizar os voos entre Lisboa, Vila Real e Bragança, até Junho. Nesse mês, o Conselho de Ministros autorizou a renovação da verba compensatória nos transportes até final de Novembro, tendo em vista a abertura de um novo concurso público internacional, mas que ainda não foi lançado.“O concurso que devia estar a decorrer ainda não foi aberto por parte do ministério da tutela. Por isso, penso que ficaremos sem esta carreira”, afirma o parlamentar. Por outro lado, lembra que “no nosso país não há muitas empresas que tenham possibilidades de concorrer a um concurso destes. Será a Aerovip e pouco mais”.
Mota Andrade não aceita que o Governo use argumentos economicistas para extinguir este serviço. “Se a carreira desparecer não será por falta de procura porque ela tem passageiros mais do que suficientes para justificar a sua existência”, assegura, acrescentando que “esta é mais uma atitude de ostracismo por parte do Governo que não tem em conta os anseios das pessoas do distrito. Há uma espécie de desprezo pois a única atitude que tem com a região é encerrar serviços”.A carreira aérea Bragança - Vila Real - Lisboa foi criada em 1997 e é assegurada pela Aerovip desde 2009. As viagens são subsidiadas pelo Governo em 2,5 milhões de euros por ano.O montante varia em função da taxa de ocupação. Quantos mais passageiros viajarem nesta linha, menor é a comparticipação estatal.
Escrito por Brigantia
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