Relativo ao Post do Cbbraganca " Comparação Oportuna".
O post está bom.
Mas discordo que isto seja só em Lisboa que acontece disto e que há concentração de meios, se fosse no Porto, acontecia o mesmo, não duvidem, se lá fizesse falta um Kamov seria para lá destacado em detrimento de nós.
Em relação às ECIN’s idem-aspas, os distritos do pais com menos bombeiros por Km 2 de área são respectivamente Bragança e Vila Real, bem como os distritos de Beja e Évora.
Mas se no Alentejo não há quase nada para arder, quase não há resinosas, aqui passa-se exactamente o contrário, temos grandes manchas florestais, e temos muito poucos bombeiros para as defender, Trás-os-Montes tem muito poucos bombeiros.
Os meios em Portugal estão mal distribuídos, e os CB’s não estão equipados de acordo com a área que servem, nem com a tipologia da AAP que lhes está atribuída, nem muito menos é tido em linha de conta o numero de CB que há por concelho, o que devia ser tido em linha de conta quando se define o numero de ECIN’s.
Basicamente a receita é igual para todos, 2 ECIN’s e 1 ELAC, noutros menos.
Enquanto que aqui temos concelhos com 700, 800 e mais de 100 km 2 como o de Bragança, que contam com 2 corporações de bombeiros, no litoral, e basta passar para o distrito do Porto, e ver que concelhos com pouco mais de 150 km 2 de área, como por exemplo Paredes que tem apenas 156 km 2, concelho este onde há 5 corporações de bombeiros, até se estorvam uns aos outros, separados por 3 ou 4 km, e em cada um destes CB’s há 2 ECIN’s por corporação e uma ELAC.
Basicamente a mesma guarnição e os mesmos meios que nós temos aqui em cima, em concelhos com área 5 e 6 vezes maiores, e com 2 ou menos corporações de bombeiros, por exemplo Macedo de Cavaleiros, tem 700 km 2 de área e só tem uma corporação de bombeiros.
O problema está aqui.
Se reparar Trás-os-Montes foi talvez a região mais prejudicada com a redução de meios aéreos nos últimos 2 anos, perdemos o Kamov que estava em Vila Real no ano passado, e este ano 2 aviões em Vila Real.
Em Bragança mantive-mos os dois helis de Bornes e da Nogueira, o problema é que estes helis são para ATI e não para ataque ampliado.
Quando tínhamos o Kamov em Vila Real, este era muitas vezes destacado para o distrito de Bragança para ataque ampliado, como o perdemos para Braga, o que acontece é que os mais próximos estão precisamente em Braga e em Santa Comba Dão.
Sendo assim a deslocação dos Kamov’s para Bragança torna-se muito morosa e por isso difícil devido a questões de autonomia, dai não termos tido ainda este ano nenhum Kamov a operar aqui para cima para a zona de Bragança, o mais para cima que esteve pelo que sei foi em Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Murça.
Por isso na minha opinião as assimetrias em Portugal não são entre Lisboa e o resto do pais, mas sim entre o litoral do pais e o interior, e no litoral inclui-se não só Lisboa, mas como toda a faixa litoral desde Viana a Setúbal passando pelo Porto e Coimbra, e o Algarve.
O resto sem dúvida que é prejudicado em relação a esta faixa costeira, não haja dúvidas, e nós estamos a ser prejudicados gravemente pela CCDR-N e pelo Porto.
O que se passou com as verbas que a CCDR-N nos destinou no que respeita aos equipamentos para os corpos de bombeiros em Trás-os-Montes é disso paradigmático, com especial incidência para o distrito de Bragança, em que fomos gravemente prejudicados, é isso que nos espera inseridos numa hipotética região norte, nada mais que umas migalhas e colonialismo do Porto em relação a nós.
Por isso é que nós, TRANSMONTANOS nunca podemos permitir que o pais seja regionalizado com base no mapa das 5 regiões, com a criação dessa vergonha e parasitante região norte com sede no Porto, que actualmente não passa de um NUT II - Nomenclatura de Unidade Territorial, criada apenas e só para fins estatísticos, é preciso que as pessoas estejam cientes desta dado, apenas e só para fins estatísticos, mais nada.
O mapa das 5 regiões é apenas um mapa tecnocrático criado em 2001 para fins estatísticos, ponto.
Numa futura regionalização de Portugal, se é que vier a ser feita, as regiões históricas como Trás-os-Montes, o Minho e as Beiras têm que se respeitadas.
Se no sul do pais houve lugar para e Algarve e Alentejo, no norte geográfico do pais também tem que haver lugar para Trás-os-Montes, para além do mais os Trasmontanos têm uma identidade secular de Transmontanos, os que se dizem nortenhos ou do norte são basicamente os que vivem no Porto e respectivo distrito.
A regionalização se for feita tem que se do litoral para o interior, e nós temos que ter a nossa região de Trás-os-Montes separada e à parte do Porto, com órgãos decisórios próprios.
Caso contrário seremos sempre prejudicados pelo centralismo/colonialismo do Porto, gente sem o mínimo de vergonha na cara, que passa a vida a criticar o centralismo de Lisboa, e depois armam-se eles em centralistas em relação a Trás-os-Montes.
Porque é disso que se trata de colonialismo nefasto dos regionalistas do Porto que querem lançar a pata sobre Trás-os-Montes para ganhar poder e a massa critica necessária para depois numa fase posterior lançar o pais no caos, lançando uma autentica guerra norte-sul e fazendo de Portugal uma espécie de Bélgica, é esse o objectivo de senhores como o Luís Filipe Meneses, Manuel Serrão, João Tavares, director do JN, ou o senhor Carlos Abreu Amorim, outro que vomita ódio contra quem vive abaixo do Mondego, entre outras peças que por lá andam.
Mas voltando ao tema, meus amigos este ano é com estes meios que temos que nos ver, e nós Transmontanos somos pau para toda a colher, sempre nos desenrascamos, somos duros, criados nestas serranias a levar com as aragens do Marão, Bornes, Padrela, Barroso, Nogueira e Montesinho pela cara fora no Inverno.
Só quem é cá criado é que percebe isto, e não esquecer:
Para cá do Marão mandam os que cá estão.
E parabéns ao webmaster’s do cbbragança.blogspot.com por voltar a colocar na lateral do blog a expressão:
Aviso - Blog Orgulhosamente Transmontano.
Cumprimentos.
Autor: Transmontano Convicto
4 comentários:
fora com estes tipos da ccrn.sejam imparsiais,entreguem a quem merece,a quem tou pouco tem,aqueles que se esforçam.sr norberto venha ca em cima nao fike ai nesse cantinho a ver passar os navios,seja transmontano,ajude os seus,ajude aqueles que numca le viraram as costas,aqueles que andam com viaturas obsoletas a apagar fogos,seja coerente e mova as sua influencias para dar alguma coisa ao nosso distrito que pade-se bom senso.ja chega de entregar material novo sempre aos mesmos...........
Gostei das suas palavras cautelosas e que tocaram bem na ferida! sabemos que não é qualquer um, mas que é transmontano convicto! disso não há duvidas... continuo a dizer o que ja disse antes, em Portugal valoriza-se o absurdo e ignora-se o óbvio... falam mais alto as competências politicas e também o conformismo dos políticos transmontanos que se resignam... é lamentável mas é verdade... ao Distrito de Bragança também já tiraram dois AETL, os Dromadaire, quando havia helicóptero em Moncorvo e em Macedo. Desde então, temos sido constantemente prejudicados, não só na atribuição de subsídios, como na atribuição de veículos e na distribuição de ECINs. Não obstante julgo haver uma atitude demasiado arrogante no CNOS em não utilizar ATAs ( eu prefiro chamar-lhe task force com os dois helicópteros )mas há coisas demasiado evidentes que muitos preferem ignorar...
Como se costuma dizer, quem fala assim não é gago, e é delicioso ler um post destes.
Este post nota-se que é de alguem que para alem de muito bem informado sobre a temática dos bombeiros em Portugal, também está muito bem informado sobre as politiquisses nacionais.
Faço minhas as palavras deste "senhor" que dedicou um pouco do seu tempo e que nos presenteou com esta excelente opinião.
É de gente desta que precisamos em Trás-os-Montes, sem dúvida.
Em relação à CCDR-N como é dito e bem, isso é uma entidade estranha a Trás-os-Montes, comandada pr regionalistas do Porto que não querem saber de Tras os MOntes para nada.
Senhores estes que na volta e pelos vistos se querem eles armar-se em centralistas em relação a nós como é dito e bem.
A solução para isto como é dita e bem é termos nós aqui os nossos meios de decisão, se tivessemos uma CCDR em Trás os MOntes não tinhamos que aturar com estes tipos do Porto nem seriamos prejudicados desta forma.
Como é dito e bem isto é a prova que não podemos permitir que a regionalziação avence no mapa das 5regiões, temos que ter a nossa região Trasmontana.
Caso contrário é isto que nos espera prejudicados pela CCDR-N e pelo Porto.
Este post é o que se chama um “abre olhos”.
Nós somos Transmontanos, os que se dizem do norte são os do Porto e pouco mais, este norte do Pinto da Costa politizado em torno do FCP e criado artificialmente nestes últimos 25 anos não passa dai, do Porto e área metropolitana.
Trás-os-Montes sempre.
norte nunca.
Para cá do Marão mandam os que cá estão.
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