Enfrenta o violento crepitar da labareda,
Liberta-se do fumo sufocante,
Agarra com determinação a agulheta,
Esquece-se de si em cada instante.
Revela-se inconsciente e irresponsável,
Tem família e dela se esqueceu,
Defende um bem que não lhe pertence,
Procura a vida e ninguém o entendeu.
O infortúnio chega sempre antes dele,
É confrontado com a incompreensão,
O egoísmo é rastilho incandescente,
E nem por isso ele sente a solidão.
Exausto, cai por terra,
O fotógrafo registou o cansaço,
O jornal disse que virou as costas à luta,
Mas a sua vontade é de aço.
Ele não quer notoriedade,
Ele rejeita protagonismo,
Ele quer combater para salvar,
Porque sabe dizer ALTROISMO.
O seu rosto ficou negro como carvão,
O suor escavou sulcos no seu rosto inteiro,
Esconde as lágrimas de alguma desilusão,
Porque é HOMEM e também é BOMBEIRO
1 comentário:
quem escreveu???
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