Vingança e álcool na origem de vários incêndios ateados na Região Norte.A colaboração entre a PJ e a GNR resultou na detenção de quatro suspeitos de fogos florestais, todos no Norte. Os motivos vão desde a vingança à atracção pelo fogo ou à simples inconsciência provocada pelo álcool.
Em Lomba, Gondomar, foi detido um homem, de 56 anos, que terá chegado a avisar a GNR e os bombeiros dos incêndios que ele próprio terá ateado. Vários isqueiros e uma garrafa com gasolina foram encontrados no carro do indivíduo, que a GNR de Lever (Gaia) deteve pelas quatro horas de ontem, por suspeitas de ser o responsável de pelo menos cinco fogos que deflagraram na zona.
O abastecedor de combustíveis, actualmente desempregado e natural de Castelo de Paiva, há muito que seguia os passos dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, que estranharam a presença constante do suspeito, junto aos locais de chamas. Os bombeiros foram chamados para o local às 23.52 horas de anteontem, mas acabariam por passar a madrugada a combater vários incêndios que foram surgindo, sem explicação plausível. Ao todo, foram consumidos dois hectares de mato.
O homem, que se fazia transportar num Renault 19, acabaria por ser interceptado em Pedorido. Sujeito ao teste de alcoolemia, acusou 1,1 gramas de álcool no sangue.
Também ontem, foi anunciada a detenção de dois jovens suspeitos de, pelo menos, três incêndios, ateados nas duas últimas semanas, em florestas de Paredes. Os fogos consumiram mais de 10 hectares de mato, pinheiros e eucaliptos e, segundo a PJ, terão sido motivados por "vingança". Os detidos têm 17 e 18 anos e antecedentes policiais por furtos.
Em Ribeira de Pena, foi detido um suspeito de quatro incêndios florestais causados entre os dias 29 de Agosto e 1 de Setembro, um dos quais pôs em risco uma habitação. O arguido, de 50 anos, é, segundo a PJ, "um agricultor, com antecedentes policiais por crimes contra as pessoas e que já fora vigilante florestal e afastado das funções por comportamento inadequado, tendo agido em quadro de conflito e vingança".
Este ano, a Polícia Judiciária do Norte já deteve um total de 21 suspeitos de atear fogos florestais e urbanos.
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