Hoje começa o período crítico dos fogos florestais e entra também em vigor uma nova lei que impede o uso de contra-fogo pela maioria dos bombeiros. No distrito de Viseu, por exemplo, entre os três mil profissionais que ali prestam serviço, apenas um tem autorização da Autoridade Florestal Nacional para o fazer.
Esta técnica tem ajudado a combater os incêndios, por isso o presidente do Concelho Nacional Operacional (CNO) José Campos, diz que a nova lei é prejudicial: "Só vem complicar e pode até causar algumas fricções".
Desde o ano passado que se sucedem episódios, e ordens de prisão, sempre que os bombeiros tencionam usar o contra fogo. Em Março, num incêndio em São Pedro do Sul, um chefe dos bombeiros foi advertido com prisão quando pretendia utilizar a técnica.
A portaria, elaborada pela Autoridade Florestal Nacional, regula pela primeira esta forma de combate aos incêndios, que consiste em atear um novo fogo numa estrada ou travessia florestal para travar a progressão das chamas.
O documento define que a utilização do fogo em acções de combate tem de ser autorizada pela estrutura de comando da ANPC. E que tem de ser feita sob orientação e responsabilidade de um técnico credenciado pela AFN.
A maioria dos bombeiros não tem esta autorização, pois são vários os requisitos exigidos . A credenciação em contra fogo só é dada a quem tiver uma experiência mínima de 150 horas nos cinco anos que precedem a credenciação. Além disso, só há oito brigadas do Grupo de Análise e Uso do Fogo, entidades que podem usar o contra-fogo. No seio dos bombeiros esta técnica é vista como "útil". Joaquim Gonçalves, há 15 anos no comando dos Bombeiros de S. Bartolomeu de Messines, esclarece que "nas grandes frentes o uso do contra fogo permite quebrar a força das chamas".
O graduado adianta que "também é eficaz em zonas de difícil acesso ou quando o fogo desce as encostas". Daí que José Campos lembre que "o contra-fogo é uma manobra de combate que os bombeiros há muito praticam, com responsabilidade!". A nova portaria "deixou os bombeiros apeados de uma técnica usada há muitos anos", resume.
Por outro lado, o comandante do CNO antevê "complicações e guerras" com as novas regras. Tudo porque cabe à GNR, que também apaga os fogos, controlar se os bombeiros estão a cumprir a nova lei e aplicar sanções. "Há muitas tropas de elite e super-estruturas que acabam por não respeitar os bombeiros", lamenta. Daí que José Campos queira ver "reconhecido o uso dessa técnica, por parte dos bombeiros".
Esta técnica tem ajudado a combater os incêndios, por isso o presidente do Concelho Nacional Operacional (CNO) José Campos, diz que a nova lei é prejudicial: "Só vem complicar e pode até causar algumas fricções".
Desde o ano passado que se sucedem episódios, e ordens de prisão, sempre que os bombeiros tencionam usar o contra fogo. Em Março, num incêndio em São Pedro do Sul, um chefe dos bombeiros foi advertido com prisão quando pretendia utilizar a técnica.
A portaria, elaborada pela Autoridade Florestal Nacional, regula pela primeira esta forma de combate aos incêndios, que consiste em atear um novo fogo numa estrada ou travessia florestal para travar a progressão das chamas.
O documento define que a utilização do fogo em acções de combate tem de ser autorizada pela estrutura de comando da ANPC. E que tem de ser feita sob orientação e responsabilidade de um técnico credenciado pela AFN.
A maioria dos bombeiros não tem esta autorização, pois são vários os requisitos exigidos . A credenciação em contra fogo só é dada a quem tiver uma experiência mínima de 150 horas nos cinco anos que precedem a credenciação. Além disso, só há oito brigadas do Grupo de Análise e Uso do Fogo, entidades que podem usar o contra-fogo. No seio dos bombeiros esta técnica é vista como "útil". Joaquim Gonçalves, há 15 anos no comando dos Bombeiros de S. Bartolomeu de Messines, esclarece que "nas grandes frentes o uso do contra fogo permite quebrar a força das chamas".
O graduado adianta que "também é eficaz em zonas de difícil acesso ou quando o fogo desce as encostas". Daí que José Campos lembre que "o contra-fogo é uma manobra de combate que os bombeiros há muito praticam, com responsabilidade!". A nova portaria "deixou os bombeiros apeados de uma técnica usada há muitos anos", resume.
Por outro lado, o comandante do CNO antevê "complicações e guerras" com as novas regras. Tudo porque cabe à GNR, que também apaga os fogos, controlar se os bombeiros estão a cumprir a nova lei e aplicar sanções. "Há muitas tropas de elite e super-estruturas que acabam por não respeitar os bombeiros", lamenta. Daí que José Campos queira ver "reconhecido o uso dessa técnica, por parte dos bombeiros".
fonte: jn
1 comentário:
Já em Março, aquando dos incêndios que tivemos em Pinela e Montesinho, se não fosse pelo contra-fogo aplicado, as coisas não teriam corrido como correram, e mesmo assim...
Lá o Sr Ministro deve pensar que os fogos de grandes proporções se apagam colocando na frente de fogo as viaturas dos GIPS com a sua tremenda capacidade de água e por conseguinte os contra-fogos são desnecessários.
Ou pior, deve pensar que os bombeiros é que devem enfrentar frentes de fogo que chegam a atingir vários metros de altura, muita intensidade e ainda uma velocidade que faz envergonhar os mais experientes corredores de corta-mato, sem poder aplicar contra-fogos para possibilitar um combate às chamas em segurança.
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