No próximo dia 1 de Julho começa a fase “Charlie”, época mais crítica dos incêndios, que se prolonga até 30 de Setembro. Para combater os fogos, o Governo reservou para este ano um dispositivo semelhante ao utilizado no Verão de 2008: 9830 elementos, na sua maioria bombeiros, 2276 viaturas, 56 meios aéreos e 236 postos de vigia da Guarda Nacional Republicana. Mas serão estes os meios suficientes, tendo em conta, por exemplo, que só no mês de Março, ainda na fase menos problemática, deflagraram perto de 4000 incêndios?
Se tivermos um Verão como o de 2003 ou 2005, provavelmente a resposta será negativa. Quem o diz é Mark Beighley, consultor norte-americano que esteve em Portugal para avaliar a preparação do País para os incêndios. Apesar de reconhecer a evolução do sistema nacional de combate, o consultor sublinha que este ainda não foi testado num ano “normal”, dado que os anos de 2007 e 2008 foram mais favoráveis. O risco de se voltar a ter um ano atípico, em que ardem mais de 250 mil hectares, é cada vez maior, alerta o especialista. A probabilidade «aumentou de um em oito anos para um em quatro», assevera.
Os anos de 2003 e 2005 foram catastróficos em termos de número de fogos e área ardida. Só entre 30 de Julho e 3 de Agosto de 2003, 80 incêndios queimaram mais de 220 mil hectares de floresta. E o pior é que o que ardeu nesses dois anos está já pronto para voltar a arder, com a agravante de que o combustível deixado nas florestas propicia a evolução ainda mais rápida das chamas. O especialista acredita que as alterações climáticas são uma face do problema, mas aponta o dedo à mentalidade do povo português. «Cerca de 97 por cento dos incêndios têm causa humana», uma situação que não se verifica nos restantes países da Europa Mediterrânica, explica Beighley.
Se tivermos um Verão como o de 2003 ou 2005, provavelmente a resposta será negativa. Quem o diz é Mark Beighley, consultor norte-americano que esteve em Portugal para avaliar a preparação do País para os incêndios. Apesar de reconhecer a evolução do sistema nacional de combate, o consultor sublinha que este ainda não foi testado num ano “normal”, dado que os anos de 2007 e 2008 foram mais favoráveis. O risco de se voltar a ter um ano atípico, em que ardem mais de 250 mil hectares, é cada vez maior, alerta o especialista. A probabilidade «aumentou de um em oito anos para um em quatro», assevera.
Os anos de 2003 e 2005 foram catastróficos em termos de número de fogos e área ardida. Só entre 30 de Julho e 3 de Agosto de 2003, 80 incêndios queimaram mais de 220 mil hectares de floresta. E o pior é que o que ardeu nesses dois anos está já pronto para voltar a arder, com a agravante de que o combustível deixado nas florestas propicia a evolução ainda mais rápida das chamas. O especialista acredita que as alterações climáticas são uma face do problema, mas aponta o dedo à mentalidade do povo português. «Cerca de 97 por cento dos incêndios têm causa humana», uma situação que não se verifica nos restantes países da Europa Mediterrânica, explica Beighley.
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