No entanto, tendo em conta que «mais de 80 por cento da área ardida em Portugal se deve aos grandes incêndios», a importância deste sucesso é relativa, advoga Paulo Fernandes. De acordo com o especialista, «estamos mais bem preparados para os fogos pequenos» devido a uma resposta inicial «mais eficaz», mas «se tivermos um Verão como o de 2003 ou 2005, vamos ter resultados semelhantes».
A solução para o problema passa, na opinião de Mark Beighley, pela sensibilização e alteração de comportamentos para reduzir o número de ignições com causa humana. Por outro lado, é necessário alargar o programa de tratamento anual do combustível da área ardida para mais de 10 anos.
Caso contrário, os fogos vão continuar a sair caro aos bolsos do Estado. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), os grandes fogos florestais, com elevadas perdas humanas e materiais, são cada vez mais frequentes na região mediterrânica e já causaram três mil milhões de euros de prejuízos em Portugal. A WWF alerta mesmo que os fogos de grande dimensão são a terceira catástrofe natural com maiores impactos económicos na Europa Mediterrânica.
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