O ministro da Administração Interna disse hoje que a reforma do sistema de Protecção Civil deve avançar "de forma harmoniosa", envolvendo "os vários agentes do sector". Rui Pereira intervinha na inauguração das novas instalações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha, no concelho de Tábua.A obra foi parcialmente financiada pelo Ministério da Administração Interna (MAI), através da Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos, que contribuiu com 418.990,00 euros, cabendo à Câmara Municipal de Tábua pagar 200 mil euros."Eu sei bem que os bombeiros voluntários constituem a primeira resposta aos incêndios florestais", disse Rui Pereira, numa aparente resposta a Jaime Soares, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, que pouco antes defendeu que deveria ser "reanalisado todo o processo de funcionamento dos bombeiros em Portugal".Jaime Soares, que é também dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses, realçou que a Autoridade Nacional de Protecção Civil - cujo vice-presidente, Amândio Torres, estava presente na cerimónia - "não comanda em nenhum teatro de operações" instituições como o Exército, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a PSP ou a GNR. "Só os bombeiros é que são comandados pela Autoridade Nacional", lamentou.Na sua intervenção, o titular do MAI acabou por afirmar que a "articulação entre os vários agentes" da Protecção Civil, através de uma única estrutura, que é a Autoridade Nacional criada pelo actual governo, "é uma tarefa complicada". No entanto, assinalou Rui Pereira, foram conseguidos nesta área "progressos consideráveis nestes quatro anos", uma etapa que não é ainda "o fim da história".Sem entrar em detalhes, o ministro, questionado no fim da sessão pelos jornalistas, confirmou que existe "abertura" do executivo para discutir algumas das propostas dos bombeiros e outros agentes do sector, desde que não ponham em causa a existência de um comando único. Para o governante, o novo quartel dos bombeiros de Oliveirinha, concebida pelo arquitecto Luís Albuquerque, é "uma obra moderna e arrojada", mas também "muito funcional".O vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Paulo Hortênsio, o presidente da Câmara de Tábua, Ivo Portela, o presidente e o comandante da corporação local, Eduardo Pereira e Paulo Rodrigues, respectivamente, foram outros dos oradores.
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