Falta pessoal para assegurar emergências no distrito

A Federação dos Bombeiros de Bragança queixa-se que os corpos de bombeiros não têm pessoal suficiente para fazer o transporte de emergências para o hospital. O presidente da Federação vai pedir mais meios ao INEM. O presidente da distrital de Bragança do PS, Mota Andrade, desafiou ontem o bastonário da Ordem dos Médicos a visitar a região para verificar o que melhorou nos cuidados de saúde primários, após o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), um fecho que sempre motivou a crítica do médico. Os SAP encerraram em nove dos 13 centros de saúde de Bragança, em Abril de 2007, e desde então as unidades "estão melhor equipadas, há poucas zonas no país que tenham a qualidade do distrito", afirmou Mota Andrade, durante uma conferência de imprensa. Há dois anos que as autarquias de Bragança assinaram protocolos com o Ministério da Saúde, que possibilitou a manutenção de um regime de prevenção nocturno, ficando os médicos à chamada, como forma de compensação pelo encerramento dos SAP. No entanto, a Federação dos Bombeiros de Bragança, queixa-se de falta de meios humanos para fazer o transporte de doentes de emergência e simultaneamente assegurar o transporte normal. "Todos os serviços de emergência são transportados para o hospital, o que demora umas duas horas, antigamente a maior parte era encaminhada para o centro de saúde, a poucos quilómetros. Temos falta de tripulantes para isto", afirmou Humberto Martins, presidente da federação. A federação tem uma reunião com o presidente do INEM agendada para esta semana, para solicitar mais apoios para contratar pessoal com formação para fazer o transporte de doentes. A coordenadora da Saúde, Berta Nunes, garante que o número de doentes referenciados durante a noite nos centros de saúde pouco se alterou nestes dois anos. Em 2007 foram 8% e em 2008 7,7%. "São mais os doentes transportados para os hospitais, mas era isso que se pretendia, agora o CODU faz o encaminhamento directo para o sítio certo, mas o aumento foi insignificante", disse.
Fonte: JN