A vila de Oliveirinha, no concelho de Tábua, prepara-se para inaugurar um original e ecológico quartel de bombeiros em forma de mangueira. A obra custou 1,2 milhões de euros e tem a forma e volumetria inspirada numa mangueira, o que torna o quartel um marco inovador na arquitectura nacional.Luís Albuquerque, autor do projecto, contou com um colaborador que "é bombeiro, o que permitiu percepcionar melhor as necessidades da corporação", sustenta o arquitecto. Todo o quartel foi planeado "por módulos, o que permitiu gerir os custos da obra". O edifício dispõe de auditório, garagem, serviços, oficina e lago.
Em todo o quartel, a preocupação ambiental é uma constante. "As águas provenientes das lavagens dos autotanques e das casas de banho são tratadas e conduzem para um lago que possibilita o abastecimento a helicópteros e a sua reutilização nas casas de banho." Este sistema está presente em todo o quartel através da "utilização de cascatas de oxigenação, zonas de decantação e filtros. A água, ao passar por este processo, fica com qualidade suficiente para consumo e irá servir para ser utilizada pelos autotanques", adianta Luís Albuquerque.
No módulo de auditório, que pode aproveitar o parque de viaturas e ganhar capacidade para duas mil pessoas, "a água flui, mesmo entre os degraus, à volta da entrada, até chegar ao lago de retenção. São marcas importantes na paisagem, ajudam à oxigenação e à manutenção de humidade no ar, permitindo um conforto ambiental", explica o projectista. Todas as áreas exclusivas a um dos sexos "dispõem de cores alegres, diferenciadas, o que irá ajudar a reduzir o stress no local de trabalho numa profissão de alto risco em que os indivíduos devem permanecer calmos e relaxados".
Sobre a forma em mangueira, o projectista diz que se adequa "à missão, houve arrojo ao usar uma forma estruturalista e permitiu aproveitar ao máximo os espaços através da plástica das formas".
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