O novo comandante operacional
nacional da Proteção Civil disse hoje querer desenvolver um comando de
proximidade, consciente de que estará sempre em "cima da navalha", pois a linha
que separa o sucesso do insucesso é muito ténue.
José Manuel Moura tomou hoje
posse na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), numa cerimónia
que contou com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e
de dezenas de operacionais ligados à ANPC e aos bombeiros, que encheram a
sala.
"Há um conjunto de medidas e de
intenções que permitem fazer essa proximidade efetiva [junto dos 18 comandos
distritais]. Estar no local, estar com aqueles que estão no terreno e que estão
mais próximos dos agentes. Entendo que isso é fundamental no exercício das
minhas funções, desenvolvidas no âmbito do comando nacional", disse o novo
responsável, em declarações à agência Lusa, após a tomada de
posse.
Confrontado com os problemas que
colocaram em causa o desempenho operacional da Proteção Civil durante este
verão, José Manuel Moura afirmou que a fronteira entre o sucesso e o insucesso é
muito ténue.
“Podemos ter 100 ações de
socorro e 99 são, por regra, superiormente bem resolvidas, mas há uma que pode
correr menos bem e, em regra, essa é que é notícia", lamentou.
"Estamos permanentemente em cima
da navalha, porque as ações de proteção e socorro a isso obedecem. Agora, é
nosso propósito ter as coisas organizadas para que consigamos diminuir todas as
que, eventualmente, possam vir a correr menos bem, e vamos estar atentos para
que assim seja", assegurou José Manuel Moura.
O recém-empossado comandante
operacional nacional da Proteção Civil considerou um desafio o novo tempo que se
avizinha, o qual vai servir para levar a cabo um conjunto de alterações
orgânicas no seio da entidade, de forma a dotar o sistema de proteção e socorro
em Portugal da melhor capacidade e resposta possível.
José Manuel Moura prometeu
empenho e determinação no desempenho das novas funções, suportadas numa
competente de estrutura operacional, que "tudo fará" para alcançar os objetivos
traçados, mesmo em tempo de crise.
"Apesar de todas as
vicissitudes, da escassez de recursos, de eventuais limitações, todos iremos
congregar esforços e vontades, motivar determinações e aproveitar as
potencialidades de forma a cumprir a complexa e difícil missão que me foi
atribuída."
O caminho para atingir as metas definidas está delineado.
"Será fundamental a manutenção
de um diálogo permanente, objetivo e construtivo com todos os agentes de
proteção civil e demais instituições com especial dever de cooperação, que
concorrem de forma direta ou indireta na realização das atividades de proteção e
socorro", concluiu José Manuel Moura, novo comandante operacional nacional da
Proteção Civil.
Fonte: Jornal da
Madeira
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