Profissionais temem ser substituídos por Técnicos de Ambulância de Emergência .
Os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), encetaram, na passada quinta-feira, em todo o país, uma jornada de luta. A greve de zelo ficou a dever-se à ausência de resposta, tanto do Ministério como do INEM, sobre a situação laboral destes profissionais, pois temem vir a ser substituídos por Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE), alegadamente por razões economicistas. Em Mirandela, os cinco enfermeiros licenciados que fazem serviço na ambulância SIV, há 26 meses, passaram algum tempo, na rua pedonal da rua da República, a explicar às pessoas o que está em causa no futuro.”Temos demonstrado que somos uma mais valia e não podemos estar de acordo com esta alteração”, explica Marlene Batista, uma das enfermeiras. “Quando concorremos para o concurso do INEM já tínhamos mais de dois anos de experiência”, lembra. “Muitos trabalhavam em hospitais centrais e a maior parte tem mestrado, especialidade, pós-graduação. Pode mesmo estar em causa o futuro destes enfermeiros”, avisa Carla Barbosa, tendo em conta que alguns “têm o acordo de cedência, sempre por mais um ano, e estamos nisto, sem saber se vamos para o hospital, se vão meter novas pessoas. O concurso acabou e não meteram novos enfermeiros”, acrescenta aquela enfermeira. Apesar desta greve de zelo, a assistência esteve sempre operacional, avançaram os cinco enfermeiros que fazem ainda turnos nas ambulâncias de Alijó, Peso da Régua e Lamego para que estas não fiquem inoperacionais. O INEM e o Ministério da Saúde “não tiveram a dignidade de abrir um concurso público, tal qual era o compromisso assumido no dia 9 de Dezembro, para integração de enfermeiros no quadro do INEM”, afirmou Paulo Anacleto, coordenador da direcção nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Para o dirigente, está também em falta a discussão de um plano estratégico para o INEM. Entretanto, José Gomes, da Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar, afirmou ao Mensageiro que o “projecto SIV foi deitado ao abandono, a rede de emergência pré-hospitalar não foi concretizada, colocando em risco o próprio socorro à população”. Segundo o responsável, faltam abrir 14 ambulâncias SIV e os enfermeiros que tripulam essas ambulâncias não são em número suficiente. “Deviam ser cinco profissionais e nalguns casos estão apenas dois enfermeiros a assegurar o socorro”, disse
Os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), encetaram, na passada quinta-feira, em todo o país, uma jornada de luta. A greve de zelo ficou a dever-se à ausência de resposta, tanto do Ministério como do INEM, sobre a situação laboral destes profissionais, pois temem vir a ser substituídos por Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE), alegadamente por razões economicistas. Em Mirandela, os cinco enfermeiros licenciados que fazem serviço na ambulância SIV, há 26 meses, passaram algum tempo, na rua pedonal da rua da República, a explicar às pessoas o que está em causa no futuro.”Temos demonstrado que somos uma mais valia e não podemos estar de acordo com esta alteração”, explica Marlene Batista, uma das enfermeiras. “Quando concorremos para o concurso do INEM já tínhamos mais de dois anos de experiência”, lembra. “Muitos trabalhavam em hospitais centrais e a maior parte tem mestrado, especialidade, pós-graduação. Pode mesmo estar em causa o futuro destes enfermeiros”, avisa Carla Barbosa, tendo em conta que alguns “têm o acordo de cedência, sempre por mais um ano, e estamos nisto, sem saber se vamos para o hospital, se vão meter novas pessoas. O concurso acabou e não meteram novos enfermeiros”, acrescenta aquela enfermeira. Apesar desta greve de zelo, a assistência esteve sempre operacional, avançaram os cinco enfermeiros que fazem ainda turnos nas ambulâncias de Alijó, Peso da Régua e Lamego para que estas não fiquem inoperacionais. O INEM e o Ministério da Saúde “não tiveram a dignidade de abrir um concurso público, tal qual era o compromisso assumido no dia 9 de Dezembro, para integração de enfermeiros no quadro do INEM”, afirmou Paulo Anacleto, coordenador da direcção nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Para o dirigente, está também em falta a discussão de um plano estratégico para o INEM. Entretanto, José Gomes, da Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar, afirmou ao Mensageiro que o “projecto SIV foi deitado ao abandono, a rede de emergência pré-hospitalar não foi concretizada, colocando em risco o próprio socorro à população”. Segundo o responsável, faltam abrir 14 ambulâncias SIV e os enfermeiros que tripulam essas ambulâncias não são em número suficiente. “Deviam ser cinco profissionais e nalguns casos estão apenas dois enfermeiros a assegurar o socorro”, disse
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