Oito dos 15 meios aéreos que hoje deveriam estar operacionais em todo o País estão parados devido a
"constrangimentos administrativos".
Mais de metade dos 15 helicópteros de combate a incêndios florestais que hoje deveriam entrar em funcionamento não vão levantar voo por "constrangimentos administrativos", admitiu ontem a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2013 prevê para a fase Bravo, que termina a 30 de junho, um total de 30 meios aéreos, que vão aumentando à medida que avança esta fase, que começou com 11 helicópteros e deveriam passar para 26, a 15 de junho, e para 30, a 20 de junho. No entanto, a ANPC assumiu ontem à tarde que, hoje, apenas vão entrar em funcionamento sete helicópteros ligeiros, que se juntam aos seis ligeiros e aos cinco pesados já disponíveis desde 15 de maio, quando se iniciou a fase Bravo.
O s oito helicópteros médios só deverão estar disponíveis "segunda ou terça-feira, em principio", disse ontem ao CM o comandante nacional operacional, José Manuel Moura, desvalorizando a questão.
"Tenho de usar os meios disponíveis e ajustar o dispositivo. Estes atrasos já aconteceram noutros anos, não vamos fazer disto um drama", defendeu aquele responsável.
Jaime Soares, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, diz que os helicópteros médios são "peças fundamentais e imprescindíveis" no combate aos fogos florestais e avisa que "será muito grave para o País não poder contar com eles". Garante que a ausência dessa "ferramenta" pode dificultar os trabalhos do combate, tendo em conta que são aeronaves "com mais capacidade de transporte de água, mais rápidas e versáteis que os helicópteros ligeiros". Além disso, os helicópteros médios ainda têm a vantagem de poder transportar brigadas de combate aos incêndios.
Jaime Soares espera que os "constrangimentos administrativos" referidos pela ANPC sejam "rapidamente resolvidos".
Na sua opinião, estes helicópteros médios são "extremamente importantes para a primeira intervenção no combate aos fogos, impedindo assim que tomem grandes proporções".
O líder dos bombeiros portugueses acredita que se o clima aquecer surgirão os fogos e as aeronaves "vão fazer muita falta".
Fonte: CM
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