A alta hospitalar é um verdadeiro tormento para muitos idosos do distrito de Bragança, que vivem sozinhos na frieza das suas casas. Terminado o período de recuperação no hospital, são entregues à solidão, tantas vezes rejeitados pela própria família.
“O caso que mais me chocou foi o de uma idosa que teve alta no dia 24 de Dezembro. Por volta da hora de jantar chegámos à aldeia. Estava um dia frio. Quando encontrámos a sua casa verificámos que não moravam lá os familiares. Com a ajuda de um vizinho fomos a casa de uma sobrinha, que nos disse que ela teria que ficar na casa dela, porque o marido dela não a queria lá em casa. Saiu do hospital e teve que passar a consoada sozinha”, conta Paulo Ferro, bombeiro da corporação de Bragança.
Esta é uma história dramática que faz parte de um rol de muitas outras situações em que os idosos são friamente rejeitados por familiares precisamente na altura da vida em que mais precisam de apoio e de uma palavra amiga.
“Nas aldeias os vizinhos são uma grande ajuda. Costumam vir ter connosco, perguntam-nos o que é que se passa e comprometem-se a fazer-lhe visitas com regularidade”, salienta Daniel Nascimento, bombeiro da mesma corporação há 7 anos.
Os motivos para a rejeição são variados. O peso da idade, problemas de saúde ou desavenças criadas pela divisão de heranças deixam os mais velhos em situações de fragilidade e solidão nos últimos anos de vida.
Elvira Durão, de 73 anos, é um exemplo de quem foi deixada à sua sorte, depois de se ter sacrificado para criar os netos. Residente na aldeia de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, conta, apenas, com o apoio dos soldados da paz na hora de se deslocar ao hospital. “Os bombeiros são muito prontos e ajudam-me em tudo o que é preciso. Os meus netos não querem saber de mim. Só um é que ainda vem por aqui. E fui eu que os criei”, desabafa a idosa, amargurada.
Bombeiros recordam situações em que os familiares rejeitaram os idosos em Torre de Moncorvo, Vinhais e Vimioso
Os bombeiros são, muitas vezes, o ombro de pessoas fragilizadas no transporte para o hospital ou na entrega ao domicílio, mas pouco mais podem fazer do que dar uma palavra de esperança.
“Já me aconteceu dizerem-me que preferiam ficar no hospital do que irem para casa. São pessoas que não têm quem tome conta delas e que já têm dificuldades em fazer determinadas tarefas. Nós damos-lhe um pouco de ânimo, mas não podemos fazer mais nada”, lamenta Carlos Miranda, motorista dos Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB).
As peripécias sucedem-se nas múltiplas entregas que os bombeiros fazem, sempre que são chamados pelo hospital. “Quando as pessoas têm alta e não se podem deslocar pelos seus próprios meios, é o hospital que chama os bombeiros para levar o doente a casa”, explica o comandante dos BVB, José Fernandes.
Nas várias entregas ao domicílio que já efectuou, Carlos Miranda recorda alguns casos em que teve mesmo que chamar a GNR para tentar resolver situações de rejeição de idosos. “ Há familiares que dizem que não podem cuidar deles, que não têm espaço em casa e chegam a pedir-nos para os levarmos para casa deles, quando, muitas vezes, os idosos nem se podem movimentar”, conta o bombeiro.
Carlos Miranda salienta que estas situações se verificam, sobretudo, nas aldeias mais afastadas. “Recordo-me de casos de rejeição em Torre de Moncorvo e algumas aldeias dos concelhos de Vinhais e Vimioso”, acrescenta o soldado da paz.
“O caso que mais me chocou foi o de uma idosa que teve alta no dia 24 de Dezembro. Por volta da hora de jantar chegámos à aldeia. Estava um dia frio. Quando encontrámos a sua casa verificámos que não moravam lá os familiares. Com a ajuda de um vizinho fomos a casa de uma sobrinha, que nos disse que ela teria que ficar na casa dela, porque o marido dela não a queria lá em casa. Saiu do hospital e teve que passar a consoada sozinha”, conta Paulo Ferro, bombeiro da corporação de Bragança.
Esta é uma história dramática que faz parte de um rol de muitas outras situações em que os idosos são friamente rejeitados por familiares precisamente na altura da vida em que mais precisam de apoio e de uma palavra amiga.
“Nas aldeias os vizinhos são uma grande ajuda. Costumam vir ter connosco, perguntam-nos o que é que se passa e comprometem-se a fazer-lhe visitas com regularidade”, salienta Daniel Nascimento, bombeiro da mesma corporação há 7 anos.
Os motivos para a rejeição são variados. O peso da idade, problemas de saúde ou desavenças criadas pela divisão de heranças deixam os mais velhos em situações de fragilidade e solidão nos últimos anos de vida.
Elvira Durão, de 73 anos, é um exemplo de quem foi deixada à sua sorte, depois de se ter sacrificado para criar os netos. Residente na aldeia de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, conta, apenas, com o apoio dos soldados da paz na hora de se deslocar ao hospital. “Os bombeiros são muito prontos e ajudam-me em tudo o que é preciso. Os meus netos não querem saber de mim. Só um é que ainda vem por aqui. E fui eu que os criei”, desabafa a idosa, amargurada.
Bombeiros recordam situações em que os familiares rejeitaram os idosos em Torre de Moncorvo, Vinhais e Vimioso
Os bombeiros são, muitas vezes, o ombro de pessoas fragilizadas no transporte para o hospital ou na entrega ao domicílio, mas pouco mais podem fazer do que dar uma palavra de esperança.
“Já me aconteceu dizerem-me que preferiam ficar no hospital do que irem para casa. São pessoas que não têm quem tome conta delas e que já têm dificuldades em fazer determinadas tarefas. Nós damos-lhe um pouco de ânimo, mas não podemos fazer mais nada”, lamenta Carlos Miranda, motorista dos Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB).
As peripécias sucedem-se nas múltiplas entregas que os bombeiros fazem, sempre que são chamados pelo hospital. “Quando as pessoas têm alta e não se podem deslocar pelos seus próprios meios, é o hospital que chama os bombeiros para levar o doente a casa”, explica o comandante dos BVB, José Fernandes.
Nas várias entregas ao domicílio que já efectuou, Carlos Miranda recorda alguns casos em que teve mesmo que chamar a GNR para tentar resolver situações de rejeição de idosos. “ Há familiares que dizem que não podem cuidar deles, que não têm espaço em casa e chegam a pedir-nos para os levarmos para casa deles, quando, muitas vezes, os idosos nem se podem movimentar”, conta o bombeiro.
Carlos Miranda salienta que estas situações se verificam, sobretudo, nas aldeias mais afastadas. “Recordo-me de casos de rejeição em Torre de Moncorvo e algumas aldeias dos concelhos de Vinhais e Vimioso”, acrescenta o soldado da paz.
Por: Teresa Batista
3 comentários:
um grande fardamento, não sabia que os bombeiros de bragança em novo regulamento de faradamento...
sim e tu ate é bem simpatico com os doentes fds.. ve-se cada um!!
Não gostas do que lês?
Não gostas do que vês?
Consegues fazer melhor?
Tás Mal, Muda-te! Ninguem te mandou cá vir ver, nem ler, nem opinar...
Cumprimentos da Gerência!
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